quinta-feira, 16 de junho de 2016

Preso por ter cão, preso por o não ter?

Ao passar os olhos pelas notícias de hoje, saltou-me à vista este título: 
Hmmm... Quando se quer dizer tudo numa frase, neste caso um título, há coisas que deixam de fazer sentido.

Estava habituada a ler que a seca, o calor, etc, aumentava o risco de incêndio. Achava lógico. O fogo costuma apreciar as coisas secas, e ainda por cima 'seca' significa ausência de água ou de humidade portanto ausência daquilo que está contra o fogo.
Bem.
Qual será o risco de haver vegetação? Tem de se ler mesmo a história toda. Afinal, a chuva que tem caído até fez  diminuir o risco de incêndio em comparação com os outros anos. Uff! A lógica existe. Depois explicam que cresceu muito a vegetação fina, um ponto importante. Não é qualquer vegetação, se é 'fina' pode querer dizer que seca mais depressa. E afinal é mesmo tudo como dantes, a tal vegetação seca, e fica sensível a fogos e, como é muita, se os campos não são bem limpos fica muito inflamável.
Ou seja não é por ter havido chuva que aumenta o risco de incêndio. Os campos não limpos de ervas secas é que são bons combustíveis.
E eu que já me preparava para acusar mais uma vez o S. Pedro de não saber o que queria e de nos prejudicar quer chovesse quer fizesse sol.
Não foi desta. A lógica ainda resiste aos títulos mal amanhados.




Cereja

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