sábado, 30 de novembro de 2013

Os "outros" e a auto-estima

A velha ideia do Sartre, posta em cena em Huis-Clos, de que "o inferno são os outros" (o que aliás dito assim é uma redução errada, do que ele nos fala é do olhar dos outros, coisa diferente) está constantemente a ser provada. Viver-se em sociedade, como tem de ser, implica que estamos sempre em maior ou menos escala a interagir, e as nossas emoções mais básicas dependem de como reagimos perante o aplauso ou censura implícitos na enorme maioria das interacções sociais.
A auto-estima, por exemplo, de que se tem actualmente mais consciência constrói-se desde pequenino mas continua a ser reforçada ou diminuída até sermos velhos.
Claro que nestas coisas só posso falar por mim, e sei que sou muito demasiado sensível talvez ao modo como me tratam - um sorriso e uma frase simpática abrem uma clareira azul num céu nublado e uma resposta seca ou agressiva podem estragar-me o dia. E há profissões que para além da competência técnica deviam treinar o seu relacionamento. Estou a pensar nos médicos.
Quem procura uma opinião médica está numa situação de dependência e fragilidade. Oiço de vez em quando a frase "eu não gosto de médicos!" que só pode significar isso, não gostar de se sentir indefeso e dependente. E a verdade é que o modo como o médico se relaciona com o doente pode ser responsável por parte do sucesso ou insucesso de um tratamento.
Há poucos meses precisei de recorrer a um especialista que não consultava há anos. Não tinha sentido urgência e as consultas eram carotas, mas daquela vez teve de ser. Saí do consultório a sorrir porque já me tinha esquecido que simpático ele era. Valorizou tudo o que eu contei, recebeu-me como se tivesse todo o tempo para mim, e até criou um clima de cumplicidade com base na idade que os dois tínhamos. Aquela meia hora foi como se tivesse também sido agradável para ele...
Ontem tive a experiência oposta. Uma consulta no Centro de Saúde com uma médica que no relacionamento era a versão feminina do Dr. House mas sem nos dar a sensação de competência dele... A minha queixa foi recebida de um modo desdenhoso, e as perguntas que me fez pareciam querer apanhar-me em contradição. Só olhava para mim quando tinha mesmo de ser. No final da consulta tive de perguntar se já podia sair porque como nem olhava para mim nem dizia nada fiquei ali embaraçada... E note-se que a sala de espera estava vazia, nem havia a pressão do tempo!!!
Se se fizesse um gráfico, a minha auto estima à saída do primeiro médico de que falei estava bem acima da linha da média, ontem estava bem no fundo a sentir-me estúpida e ignorante...
O modo como nos olham faz toda a diferença, sim, Jean-Paul!





Cereja

  

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Ganda roubo!!!

 Não me costumo deter em fait-divers, mas este merece reflexão.

Sabemos todos, muitos de nós por experiência directa, como os tribunais estão super-lotados. Sem falar nos grandes processos que de tão pesados parece não andarem e após anos e anos acabam em prescrição, nas nossas queixas de todos os dias é sabido que tudo se arrasta um tempo sem fim, com a justificação de que há muito trabalho e os tribunais não despacham as coisas depressa. 
Daí que tenha ficado pasmada quando li uma história de pasmar.
Um "colectivo de juízes das Varas Criminais de Lisboa" reúne-se para decidir sobre este caso:
a) Alguém ligou para uma casa de venda de pizzas e encomendou 3 pizzas, mais uns sumos e uns gelados. O que dava uma conta carota, que 35 euros já dinheiro! Mas o entregador de pizzas ao chegar à morada, antes de sair da mota apanha com alguém que lhe diz: "Passa para cá as pizzas!" e zás, foge com elas. Outro "alguém" segura a mota para dar tempo ao fugitivo de escapar com o petisco, e depois desaparece também.
b) Depois de apuradas e difíceis diligências, é detido o criminoso que só-podia-ser o rapaz que encomendou as pizzas... Fácil, não? (eu, que leio Agatha Cristie, Ellery Queen, Standley Garden, S.S. Van Dine desde pequena ocorrem-me ideias muito originais e extravagantes  tais como dois amigos que iam a passar e ao ver um entregador de pizzas parar decidem o arrojado assalto)
c) O facínora detido, de 16 anos, nega. Mas acaba por ser identificado numa fila com mais 3 homens, por acaso bastante mais velhos. O "assaltado" diz que lhe parece que é aquele que o agarrou, até porque, refere ingenuamente, os outros eram "adultos e muito diferentes" e portanto "daqueles 3 só podia ser o arguido"
Já está! O caso vai a tribunal e o Ministério Público em voz grossa decide:
"Vivemos num país civilizado e este tipo de brincadeiras não se pode aceitar". Assim sendo pede a condenação do rapaz de 16 anos que se dizia inocente, mas com estas terríveis provas ficava esmagado.
Mas ainda ficamos em suspence mais umas semanas que o colectivo de juízes vais reunir de novo. Oooooh! O que irão estas almas decidir de um caso tão complexo e grave. 
Talvez pedir ajuda ao CSI?



Cereja



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Violência sem travões

Não é de hoje, já sabemos. 
«Maria! Não me mates que sou tua mãe!» escrevia o Camilo e a história dizem que era verdadeira - não só a rapariga matou a mãe como lhe cortou a cabeça! É claro que o ser humano é agressivo e violento, e nos séculos passados via-se isso bem com guerras terríveis onde proporcionalmente se matava imensa gente, mas, enfim matava-se um a um que uma espada só apanha uma pessoa de cada vez...
A mim, talvez influenciada por andar nos últimos tempos a comprar o Correio da Manhã para completar a colecção dos jogos da Majora, parece-me que ultimamente a violência anda desenfreada. Até porque os jornais deste tipo não inventam, apenas dão mais relevo ao que já existe. E são casos uns a seguir aos outros: assassínios, suicídios, acidentes estranhos, roubos com violência, atropelamentos, raptos, terminando este enumerado com a terrível violência doméstica que nos dá o número assustador de mais de 3 mulheres mortas por mês pelos seus companheiros.
Como já disse, é claro que sempre houve violência ( o que não consola nada!) mas não me recordo de tanta em tão pouco tempo. Possivelmente as coisas estariam mais escondidas quando eu era criança e adolescente, talvez houvesse mais pudor em se falar nestes assuntos... 
E é esse pensamento que me fez escrever isto hoje. Claro que pode ser hipocrisia não falar dos assuntos, como se diz varrer-o-lixo-para-debaixo-do-tapete. Não é por a comunicação social não falar que as coisas não sucedem, é claro.
Mas o que me preocupa e sobretudo quando penso na educação das crianças, é na banalização desta agressividade. É claro que os desenhos do Walt Disney também eram violentos. Eu tinha 4 ou 5 anos quando vi o Bambi e chorei com grandes soluços, e as bruxas, madrastas, fadas más eram terríveis, isso nem se discute. Mas comecei a franzir o sobrolho há 20 anos com o Dragonball, já não gostei dos mortos a ressuscitar, aqueles monstros, e a facilidade com que se exterminava os adversários. Hummm....
Mas hoje isso já parece ingénuo. Há os vampiros, os mortos-vivos, lobisomens, zombies de diversos formatos e as crianças trocam cromos e riem-se de imagens que podiam arrepiar mas pelos vistos até são divertidas. Os filmes de terror é que estão a dar. É bom sentir medo. É engraçado. Ver a imagem de um ser humano (ou que não seja humano!) estripado, com os miolos de fora, com os membros cortados,  sem cabeça, faz rir muitas vezes.
Bom, eu não acho natural. 
Para mim o excesso de proximidade com imagens de enorme violência, desvaloriza-as, banaliza-as, e pode (digo apenas que pode...!) não se vir a  reconhece-la no mundo real como ela é. O miúdo que há pouco tempo esfaqueou uns colegas numa escola tinha dito pouco tempo antes "Era formidável fazer um massacre! " e dizia ter um plano para matar 60 pessoas. Para se divertir.




Cereja

domingo, 24 de novembro de 2013

A questão da Saúde

Quando li ontem a exigência orwelliana acerca do controlo de quem fuma   mais do que indignada, fiquei chocada. É uma exigência que visa certamente condicionar nalguns casos o acesso pleno à saúde, coisa que me custa compreender.

De vez em quando dá-me para explicar alguns dos meus sentimentos actuais pelo meu passado. Não sou só eu que penso assim, claro, creio que toda a gente é em parte fruto das suas experiências no início de vida. Ora a minha vida em criança baseava-se em pontos que considerava inquestionáveis. Nascida em pleno salazarismo, numa família classe média a sofrer fortemente pelo seu anti-fascismo, cresci num ambiente de grande contenção económica. Muito poucos vestidos, feitos em casa ou herdados de outras pessoas para além de andar sempre de bibe, os sapatos compravam-se no número acima para durarem mais tempo (punha-se algodão na biqueira...), comia-se bem mas só produtos de época e tudo se aproveitava, as distracções dos adultos para além da leitura, eram visitas aos amigos ou passeios a pé.  Havia um rádio, é verdade, mas sobretudo para ouvir notícias.
Mas para a Cultura, Educação ou Saúde não sentia tanto a restrição. A biblioteca lá de casa sempre foi grande, e aumentada permanentemente com ofertas de autores ou editoras, empréstimos, trocas, e algumas compras é claro. Os pais eram amigos de bons pintores e as nossas paredes eram uma mini-galeria. Tinham também amigos no teatro e iam ver muita coisa com bilhetes de oferta. Eu vivia mergulhada num ambiente de grande cultura por "culpa" das amizades dos meus pais e não percebia que aquilo se comprava...
O mesmo com a Educação. Andei sempre no ensino público, tinha a noção de que se pagava pouco por isso, os livros eram herdados de primos mais velhos que os estimavam como eu estimei, o gasto era de artigos de papelaria mas eram poucos. Nunca senti que isso fosse um peso na minha família.
E depois a Saúde. Os meus pais tinham vários amigos médicos, além de um primo direito (mas a quem se recorria pouco) e lá nas brumas de infância nem me recordo de ir a um consultório eram eles que vinham a casa... Assim como os meus pais, não ouvia entre várias queixas nenhuma sobre questões de saúde por dificuldade de acesso. Mesmo medicamentos, creio que esses amigos traziam muitas amostras mas quando era preciso ir à farmácia não recordo que fossem contas muito grandes.
E o tempo foi passando e o meu modelo a manter-se. Mesmo na adolescência e princípio da idade adulta, com essa rede-de-amigos-médicos, a resposta fácil da Saúde sempre foi um dado adquirido.
É certo que já adulta, o conhecimento do Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra era um modelo a desejar, mas por ser nova e ter saúde não estava entre as minhas maiores preocupações.
...............
Talvez por isso o acordar para a realidade tenha sido tão complicado. O perceber que a qualidade da resposta neste campo depende do dinheiro que se tem, foi para mim como um choque eléctrico.Não estava preparada, imagine-se! Era algo inconcebível até há pouco adiar uma consulta até receber o ordenado/reforma...???
Só posso sentir que tive uma vida muito mimada e que a força das redes de amizade era bem maior do que eu julgava. E este extraordinário controlo dos fumadores (e eu não sou fumadora!!!) através do Boletim de Saúde dos filhos visando claramente uma maior economia da resposta veio chamar-me a atenção para a distância que me separa dos dias da minha infância.



Cereja

PS - Já tinha publicado este post quando li o desmentido do Ministério da Saúde. Não sei se foi excesso de zelo da jornalista, se o Ministério se explicou mal, se... Mas de qualquer modo ainda bem.

sábado, 23 de novembro de 2013

Civismo, respeito etc e tal



Gosto da minha cidade.
Nasci em Lisboa, é a minha cidade-mãe.
Uma manta de retalhos como sabemos, - ia dizer patchwork, mas a manta de retalhos serve bem - com bairros muito individualizados, onde os vizinhos se conhecem, bairros que por vezes parecem pequeninas aldeias dentro de uma cidade, e também zonas mais modernas, mais dormitórios, onde por vezes nem os vizinhos do prédio sabem quem somos. Mesmo assim, quem sempre cá viveu e na mesma zona sabe que se podem criar relações não como numa aldeia, mas também bem simpáticas. Já por aqui contei várias historietas nesse sentido.
Claro que nem imagino o que seja gerir uma cidade do tamanho de Lisboa, às vezes já me custa gerir a minha casinha de 3 divisões. A articulação dos diversos pelouros, a previsão a longo termo, deve ser complicadíssimo mas também por isso é há tantos vereadores e trabalhadores. 
Ora a lentidão com que se processam as obras nesta terra é chocante. Como vivi uns anos em Macau, vi com os meus olhos que é possível erguer-se um prédio enorme em poucos meses ou arranjar-se uma rua em menos de uma semana. É possível, sim. Não consigo entender por exemplo, como o arranjo da Praça do Areeiro pode demorar anos e anos e anos. Não sei se dez anos é exagero, mas anda por lá perto! Metade dela parece agora acabada, (e começaram a esburacar a outra metade) mas continua meio vedada, ninguém explica porquê. Se isto não é falta de respeito pelos cidadãos não sei como lhe chamar.
Assim como o lixo. Cidades mais pequenas à volta de Lisboa conseguem ter ecopontos subterrâneos apenas com umas pequenas entradas visíveis e uma recolha correcta do conteúdo; como é possível uma capital ter esses monstros a transbordar de lixo, tirando espaço nos passeios ou nas ruas, com uma recolha tão irregular? Falta de respeito. 
Na quinta-feira, à uma da tarde, o trânsito estava uma loucura no cruzamento da Av. da República com a Av de Berna. Causa? Mesmo junto desse cruzamento uma grua e um enorme camião descarregavam mercadoria para um prédio, bloqueando duas das três vias. OK, era legal que até tinham lá um polícia. Não pude deixar de me lembrar que a semana passada em Paris observei também uma grua a montar iluminações do Natal numa rua pequena e com pouco trânsito, mas tiveram o cuidado de o fazer às 10 da noite quando passava um carro de meia em meia hora...Não em hora de ponta numa praça central. Questão de respeito acho eu. 
Merecemos isto?
Se calhar sim, uma vez que se aceita, apenas com umas resmungadelas para os amigos. Bem-feito!

Cereja
 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Rescaldo

Uma quinta feira que nos dá que pensar.
Por um lado uma manifestação enorme das forças de segurança. Queiramos quer não dá que pensar ver tanto polícia junto e em fúria. Muita gente não simpatiza com eles, mesmo com um passado branco como a neve a verdade é que a 'autoridade' encanita muita gente, para além dos que não gostam de fardas em geral. Mas é um facto que sendo as polícias parte da função pública (ainda não foram privatizadas) apanharam com o tsunami dos fortíssimos cortes quer de vencimento quer de benefícios sociais, e claro que não gostaram. E vieram dizê-lo. Aparentemente era PSP, GNR, Serviços Prisionais, mas imagino que a Judiciária estaria lá pelo menos em espírito por aquilo que tenho lido nos últimos tempos. - parece que já nem para combustível para os carros têm dinheiro...
Contudo, dando obviamente a cara porque foram filmados em grande plano e de perto, confesso que me impressionou haver tantos que fugiram a dizer ao repórter o nome e em que corporação trabalhavam. Medo de represálias? Depois de 40 anos de democracia...? Ainda é pior do que pensava.
Na outra banda intelectuais promovem uma Conferência  "Em Defesa da Constituição, da Democracia e do Estado Social". E vê-se na mesma sala e até na mesma mesa, pessoas que há alguns anos eram claramente grandes adversários para não dizer mesmo inimigos. Juntam-se contra um alvo comum. Coisa que a esquerda, a velha esquerda que gosta tanto de se pulverizar, parecia incapaz de fazer, parece que a necessidade obriga a essa união. Dizer que me senti admirada é pouco.
Contudo ao ver os jornais "virtuais" aquela janelinha ao alto à direita que nos dá o resumo do que os jornais consideram de mais importante, e o que vemos é uma misturada de faits-divers criminais (da dívida dos 17 milhões do Luís Filipe Vieira, a um assassino que 5 anos depois se veio entregar) ou de uma espécie de socialight (a cantora que rapou as sobrancelhas, ou a apresentadora de tv que se despiu porque a França vai ao Brasil)
Assim vai o mundo?
Ou alguma coisa vai mudar?



  Cereja

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Vender a todo o custo



Há cem anos quando se queria publicitar alguma coisa, fazia-se um desenho gabando as suas vantagens. Depois apareceram na rádio uns anúncios cantados, os jingles. Vendia-se melhor, as músicas ficavam no ouvido. Mas as "técnicas de venda" aceleraram vertiginosamente e hoje em dia temos de ter um curso especializado para lhes resistir.
Presunçosa, tive em tempos a convicção de que sabia resistir se me quisessem vender algo de que não necessitava. Erro grave. Afinal não sabia. 
"Vendas agressivas" foi um termo que aprendi a respeitar. Sou constantemente apanhada nessas redes e se consigo resistir 9 em cada 10 vezes, à décima vez a armadilha é montada com tal perícia que só recuo quando tenho já um pé no ar em cima do abismo... Aconteceu-me várias vezes nos últimos anos. Como disse tenho conseguido recuar no último minuto e até hoje não cheguei a comprar aquilo que tão bem me conseguiam impingir, mas uma vez até assinei o contrato apesar de o conseguir anular na manhã seguinte! 
Mas confesso que me julgava vacinada. Há uns 15 dias contudo aceitei responder a um inquérito sobre os serviços de saúde. Inofensivo? Tudo indicava que sim. Não me fizeram deslocar a lado nenhum, pelo contrário combinaram o dia e vieram à minha casa muito bem identificados, um até era "um terapeuta estagiário". Uma conversa muito prolongada mas interessante e sem dúvida que os rapazes tinham muitos conhecimentos científicos e uma magnífica formação. A campainha de alarme soou quando percebi que havia um aparelho que podia ser meu com umas suavíssimas prestações. Acabei a entrevista com firmeza, mas até com alguma vergonha parecia uma sovina que regateava o preço da saúde!!! Uma técnica de venda magnífica com um profundo estudo psicológico.
Uma semana de pois, outra técnica, também primorosa. Aluguei, via net, um apartamento. Tudo certo até porque existiam muitas fotos, ilustrando bem a casa - não podia haver engano que as-fotos-não-mentem.  E não mentiam, mas nem eu perguntei nem me disseram as verdadeiras dimensões desse apartamento, o que fazia toda a diferença. Não tinha nada a ver com o que tinha julgado alugar, mas... existiam fotos! Que podem ser, e foram, 'trabalhadas' para parecer outra coisa.
Usando uma técnica psicológica ou fotográfica, o certo é que um consumidor pode ser enganado. A publicidade ingénua dos nossos avós não tem nada a ver com estas técnicas, resta-nos aprender técnicas de defesa para sobrevivermos!

Cereja



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

De volta

Uma espécie de carta:

Ai, amigos, olho aqui para o blog, e nem quero acreditar!
Uma paragem de quase um mês??? Como foi possível? "Já Bocage não sou..." dizia o Bocage (e de facto naquele poema era muito pouco Bocage) e sinto-me um pouco assim, "Emiele Cereja não sou..." para os que me conheciam de outras andanças, quando eu usava o blog como hoje usamos o facebook. Uma pausa enorme, por um lado justificada por uma viagem sem net, por outro por a saúde estar de momento periclitante, mas nenhuma das explicações é suficiente. Sinto-me um pouco envergonhada. Tem sido preguiça, a mais reles da preguiça, mas afinal como já tenho lido por aí, a preguiça é o melhor dos pecados porque impede a prática dos outros seis...
E pronto.
Depois deste esfarrapado pedido de desculpas, vem a renovação dos votos: 
Vou recomeçar como deve ser.
O Cerejas vai renascer.
Por favor, continuem a visitar-me porque gosto muito de conversar e é triste ficar a falar-se sozinho .
Abraços e beijinhos e inté (amanhã, claro)


Cereja