domingo, 30 de setembro de 2012

A cada um as suas poupanças

Todos somos diferentes, já se sabe. Muito diferentes. Ou seja, a 'escala de prioridades' varia tanto como as impressões digitais, o que dá origem a constantes incompreensões na nossa relação com os outros. "Esqueceste-te disto?! mas não vês como é importante??» enquanto o outro responde um sim meio indiferente, porque esteve preocupado com outra coisa importante para ele e secundária para nós. E actualmente nos consumos isso é gritante: é ver no tapete das caixas dos supermercados os produtos que estão a ser comprados que seriam supérfluos, no nosso ponto de vista. Para mim, um consumo que sempre achei estranho desnecessário é o da água de beber engarrafada.
Fui criada numa época em que a água vinha para a mesa num jarro. Não me recordo de "marcas" de água a não ser umas especiais como a "das Pedras" e talvez "do Vimeiro" que só se compravam quando se estava mal disposto. Portanto para mim, a água normal é a que sai da torneira. É certo que me lembro de ser criança e ferver-se a água, essa que depois ia para o jarro, e quando vivi em África havia um filtro e a água que bebíamos era filtrada. Cautela perante o que não se conhecia. Mas hoje a água das cidades é muito analisada, e podemos ver que a nossa conhecida "água da torneira" tem a garantia de bons especialistas em quem devemos confiar. Há casos onde ela não vem em condições? Pode ser, mas nesse caso aparecem logo avisos. E aquela que vem em garrafas de plástico, muitas vezes apanhando sol,  estará sempre nas melhores condições?
E voltamos ao princípio: será mesmo necessário comprar um produto igual centenas de vezes mais caro? Entre um papo-seco de 0,20 € e outro papo-seco de 40€....[ ups! quarenta euros um pãozinho?!]  afinal o que se faz com a água. Porque é relativamente barato, não se vê o conjunto mas o preço é esse. Para além dos milhões de garrafas e garrafões de plástico que se tem de reciclar!!!
Parece-me que esta era uma poupança que todos agradeciam (excepto as empresas das águas, claro está!)




Pé-de-Cereja

2 comentários:

Joaninha disse...

O vídeo é bem giro mas um bocado comprido...
Essa coisa da água está muito enraizada de momento. Claro que foi um hábito que «veio lá de fora» mas conheço pouca gente que não tenha esse costume.

Zorro disse...

Não sei se esta não será uma batalha perdida, cereja.
Não falo por mim, que sou do teu tempo quando a água estava num jarro e era fervida :))) mas quem tem 30 anos ou menos, nem imagina que ela pode não vir da garrafa!