sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ar livre



Há muita gente com ‘fobias’, ou pelo menos chamam-lhe assim. Uma fobia-a-sério, é coisa grave, que impede uma vida normal, mas habituámo-nos em conversa leve a dizer «ah, ele tem a fobia de...», ou «oh menina isso já é uma fobia!» o que não faz nenhum mal, é apenas um modo de falar.

Entre as fobias «a sério» existem umas muito conhecidas : agarofobia, claustrofobia, hidrofobia, - para não falarmos das xenofobia ou homofobia socialmente reprováveis - mas a lista é enorme ( isto é um link, atenção) existindo até a afobia : medo-da-falta-de-fobias

Eu, reconheço que tenho uns traços de claustrofobia. Só uns traços. Não receio entrar num elevador, ando de metro e, se for preciso, trabalho numa sala sem janelas, mas... não gosto muito. Não me venham falar da beleza das grutas, por exemplo. OK, OK, podem ser lindas, mas em fotografia!

E assim fiquei com uma admiração sem limites pelos mineiros que resistiram debaixo de terra durante dois meses inteiros!!! Digamos que a história acabou bem, todos se salvaram. Também tenho de reconhecer que decerto nenhum daqueles homens era claustrofóbico ou não teriam nunca ido para aquele emprego. Mas....

Quando me imagino naquela situação tenho quase a certeza de que não aguentava. Claro que se provou que o ar que tinham para respirar era suficiente, mas o sentimento de estarem ali, forçosamente fechados... Ná.

Vou já pensar noutra coisa e em espaços muito, muito abertos!!!




Pé de Cereja

9 comentários:

Anónimo disse...

Quando li Senhor dos Anéis (muito antes de se falar em filme), eu imaginava que aquele serzinho, que esqueci o nome, que estava com o anel (o precioso), habitasse um lugar parecido com esse em que os mineiros estiveram aprisionados, ou seja, não deixou de ser um episódio de "terror e suspense" com um final feliz (ainda bem...). Agora é esperar o filme que, com certeza, virá por aí para nós, que estaremos felizes e confortáveis nas cadeiras do cinema. :)

Joaninha disse...

Olá!!!
Viva o ar livre e viva o teu retorno.
Realmente há medo das alturas, medo dos espaços abertos, para além do medo dos ladrões (ui...) e de outras coisas que tais.
Também tenho seguido com alguma angústia a saga dos pobres mineiros enterrados vivos! Agora andam a dizer que eles vão ficar ricos com as entrevistas que estão a dar. E depois?! Bem o merecem!

Joaninha disse...

Ah, mais uma coisa de que me tinha esquecido - gostei do nome. Alegre e sugestivo!

pé-de-cereja disse...

Olá amigas!

Daqui a pouco temos outra tertúlia como no eu antigo blog....
Realmente Mirian, esse ser repugnante que vivia só para o anel, o seu esconderijo era só por si um castigo! Maldito anel! E bendita luz do sol.

Anónimo disse...

BOA!!!
Cá estamos nós novamente.
Já dá para perceber que o tom é 'mais leve' (???) do que era dantes - não sei se queres que identifique o outro blog? - e deixaste de ser tão obsessivamente pontual.
Agora que mudaste posso confessar que tanta pontualidade era um tanto demais. Assim, escrevendo apenas quando te apetece deve ser bem melhor...
Um abraço de boas vindas!
E muito ar, de que bem precisamos porque o túnel parece que nunca mais acaba e a dita luz lá no fundo parece estar apagada!

josé palmeiro disse...

Pelo que vejo, e isso agrada-me, as "tropas", vão-se reunindo. Bom sinal, saúdo-vos!!!
Vamos então ao tema do escrito, as claustrofobias. Eu, não era nada claustrofóbico, acontece que com a idade, me fui tornando. Tive a primeira prova quando há uns anos tive um AVC, felizmente sem sequelas, e tive que fazer uma ressonância magnética. Metido naquela máquina, com uma borrachinha na mão, para sinalizar qualquer alteração, senti-me desconfortável só me apetecendo carregar nela, o que não fiz por saber que era voltar tudo ao princípio. Mas chega de falar de mim e falemos daqueles heróicos mineiros que lutaram até ao extremo, para se manterem vivos, logrando êxito por um conjunto de circunstâncias que deram CERTO.
Quanto à mediatização do sucedido com os políticos a tentarem colher a maior parte dos frutos, independentemente dos esforços que fizeram, pareceu-me excessivo. Deixem os homens tomarem o ar que lhes ia faltando, deixem-nos respirar livres e na companhia dos seus, é o que eu desejo.

cereja disse...

Pois é, Palmeiro e King, aos poucos e poucos vamos reconstituindo a nossa tertúlia. É mesmo por isso que lhe chamei «cerejas» porque uma coisa puxa outra e é essa a graça dos blogs com comentários...
Mas eu, desta vez vou escrever muito menos e só quando me der na cabeça!

fj disse...

Optimo voltar a ter 1 bog muito perto de nós, até faz pensar noutros...não escrevi antes por falha do sistema informático, coo se costuma dizer. Mas a questão é mesmo do pin e do puk da ligação a web. queremos longa vida feliz sossegada...fj

cereja disse...

Olá FJ. Muito gosto em te ter por cá. Como disse ali abaixo, os comentários estão trocados mas não vem daí mal ao mundo...
Quanto aos náufragos se tiverem a fobia dos espaços abertos ou da água, também 'estão feitos'!!! Graças aos santinhos não é o meu caso, mas não acharia grande graça a viver um naufrágio. Só que não morria de falta de ar! :)