terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Pena de morte


Continua a matar-se «em nome da Justiça» nos Estados Unidos. 
Há alguns dias li por aí uma notícia de que iriam ser executados 3 condenados no mesmo dia. Noticiavam com pormenor cada caso, e sobre um deles contavam que havia dúvidas, como era um doente de cancro em fase terminal, de que encontrassem veias em estado de lhe dar a injecção fatal. Foi há uns dias e não encontro a notícia para deixar aqui o link, mas recordo que fiquei arrepiada com a atitude brutalmente desumana que as  respostas revelavam. Dizia-se, com estas palavras: Doyle Hamm sofre de um cancro no cérebro e outro no sistema linfático e os seus advogados temem que a sua execução por injecção letal se torne uma sessão de tortura. Segundo os causídicos o seu cliente não possui uma rede venosa para a infusão. E a resposta da Justiça (?) de um modo trocista era de que não acreditavam que não houvesse uma veiazinha onde entrasse uma agulha.
Humor.
Infelizmente os 'humoristas' não tiveram razão. Depois de mais de 10 tentativas falhadas, foi necessário suspender a execução. Os carrascos estiveram horas à procura de uma veia. Um espectáculo de horror, por aquilo que se imagina.
Como agora vão procurar outra data, e talvez outro modo de matar, são capazes de ter o problema resolvido por o condenado morrer sem ajuda, um cancro terminal deve ser eficaz.
Como é possível? Como pode o país mais importante do mundo, resistir em manter a pena de morte (pelo menos em alguns Estados) O exemplo do que se passa nos 170 países que aboliram a pena de morte e dos muitos onde já não se pratica e estão a tratar da abolição, não ajuda a perceber que essa medida não serve para dissuadir crimes? E se a intenção não é essa, então para que serve? Como vingança...?
Não se entende. É certo que há crimes horríveis. Também creio que os destes condenados sejam dos mais horríveis que se imagine. E depois? Se não é uma vingança tipo olho-por-olho é o quê?!


Cereja



1 comentário:

FJ disse...

Não posso estar mais de acordo!
É afinal uma vingança tipo olho por olho.