terça-feira, 30 de outubro de 2012

Esquecer

A memória é um bem precioso, já o sabemos.
Mais do que precioso do ponto de vista afectivo, é vital para a sobrevivência. Mesmo os animais funcionam assim, e os seres humanos mais ainda, desde que nascemos que se 'aprende a viver' com base na memória. Tudo o que não é instinto - que será uma memória da espécie - é aprendido porque nos lembramos.
E depois há a tal memória a afectiva. A nossa vida é feita de recordações. Boas e más, é claro.
Eu, desde há muito, tenho uma estranha característica com a qual muitas amigas minhas se metem: esqueço-me de muitas recordações más. Insistem comigo num tom acusatório: Mas tu não te lembras disto ou daquilo?! Ná. É que não me lembrava. É certo que com alguma ajuda nos pormenores, e muita insistência das pessoas irritadas por esse meu esquecimento, a recordação lá surge entre risadas muitas vezes.
Hoje, abro o jornal e descubro que afinal   este esquecimento  é comprovado cientificamenteParece, dizem eles, que eu 'desligo' um fusível qualquer em relação a certos assuntos. Ainda bem para mim!
Mas atenção, amigos, isto é muito pontual! São episódios que me aborreceram e incomodaram, mas não alteraram a minha vida. Infelizmente as chatices mesmo grandes, essas, desgraçadamente estão cá. Mas também se assim não fosse a vida não me ensinava nada...
E uma coisa aprendi, a nunca dizer nunca!





Pé-de-Cereja

6 comentários:

Joaninha disse...

Olha! este post aqui há tanto tempo e eu sem o ter visto!
Ainda por cima com tanta graça....
Olha minha amiga, o que te digo é que sinto inveja! É uma qualidade formidável, assim como a contas. «Não interessa? Pffff... vai-te embora ó melga!»

Joaninha disse...

Ainda volto para perguntar se ensinas como é?
Se fizesses workshops ainda tinha saída!

cereja disse...

Pois é Joaninha, quanto menos escrevo menos visitas regulares tenho, snifff...
È justo, mas é mesmo uma espiral, porque quanto-menos-visitas-menos-vontade-de-escrever...
Ai, ai..

cereja disse...

Mas como deixo estes posts no facebook, tenho as vistas lá, nalguns casos.
E os comentários também.
Já fiz uma vez e vou hoje voltar a fazer, transpor para aqui os comentários do fb.
Cá vai:

Lucília disse...

"Nunca" deveria ser utilizada apenas no pretérito perfeito. até no imperfeito é um risco. No futuro é "suicidário". :)

Lucília disse...

no condicional também é lixado mas, ao menos, há sempre um "se" redentor. :)

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o "se" que se lhe segue, claro. p. ex.: eu nunca iria escutar fado SE não fosse por delicadeza com terceiros. :)