terça-feira, 10 de novembro de 2015

Mentira, ou... não-é-bem-verdade

Há uma página do facebook chamada Os truques da Imprensa Portuguesa 

Tem graça e é pena que não não seja mais divulgada. É certo que aparecem lá, maioritariamente, graças e montagens com piada, mas sem perigo porque são obviamente montagens, não enganam ninguém. Mas actualmente o desplante e a impunidade (?) com que se manipula a informação que não convém, é chocante. Eu compreendo, mesmo que não goste, que a imprensa mais sensacionalista utilize técnicas menos éticas para chamar a atenção dos leitores sobre determinadas notícias, ou dê títulos a reportagens que adulteram o que depois ali se vai ver... Paciência, é chato mas já estamos prevenidos. Contudo, que a 'outra comunicação' que imaginamos mais séria, vá atrás dessas técnicas mesquinhas e desinformativas, dá-me volta ao estômago.

Porque a verdade é que a água mole em pedra dura... ou seja ouve-se uma vez, ouve-se duas, ouve-se três, e ainda por cima em diversos suportes - tv, jornais, rádio -  é normal acreditar-se, não podem estar todos enganados.... Aliás porque muitas vezes não é (às vezes até é!) uma perfeita e descarada mentira, é apenas uma forma de contar uma verdade. Se fossem a tribunal podiam sempre defender-se afirmando que não tinha sido exactamente uma falsidade. Reparem por exemplo nestas «informações» sobre os refugiados e o modo como as histórias são apresentadas. Sobre uma 'verdade' constrói-se toda uma interpretação mentirosa.
Exemplos de manipulação:



E já nem se fala, dos entrevistadores na tv (esse processo não resiste a uma entrevista para um jornal) que usam durante a entrevista (?) uma técnica de perguntar que mais parece um advogado de acusação a inquirir um réu em tribunal. Até ficam todos regalados quando uma armadilha resulta e apanhem a vítima numa contradição. Mas que bom, pensam eles, já te apanhei!
Não sei como fazer para contrariar esta tendência, o código deontológico não chega pelos vistos. Mas ao menos eu desabafo aqui...

Cereja

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