segunda-feira, 28 de julho de 2014

Cada vez mais novos!


O que nós temos rejuvenescido no último meio século!

É tema de conversa habitual, entre gente da minha geração, a diferença entre a energia interior que sentimos e a resposta mais fraca que o nosso organismo nos dá. Ficamos preocupados porque nos «cansamos» e procuramos resposta nos cardiologistas como se estivéssemos no auge da nossa vida. Mas não estamos. Contudo estamos a envelhecer muito bem, é indiscutível. Rimo-nos no outro dia, eu e uma amiga, quando ela começou por se queixar de ficar ofegante quando corria para apanhar um autocarro, mas logo de seguida recordarmos que em crianças ajudávamos as avós-da-nossa-idade a atravessar a rua. Eheheheh!!!

Mas, no outro extremo da escala, nota-se o mesmo. A «infância» prolonga-se imenso, assim como a juventude. Uma diferença impressionante entre um século e outro. Li há pouco um fait-divers sem a menor importância, que nem entendo porque chegou a ser notícia: dois frequentadores de uma discoteca, talvez já com uns copos a mais, para fugir a pagar a conta atiraram-se ao rio. E a história é contada dizendo que dois jovens, com idades entre 25 e 30 anos  etc, etc. Um 'jovem' com 30 anos ainda não é visto como adulto?

Claro que o termo balzaquiana, é hoje praticamente desconhecido e nunca usado. Há uns tempos eu achava que a «femme de trente ans»  da actualidade teria uns 40 mas, para ser sincera, já acho que a balzaquiana de hoje se aproxima já mais dos 50!!! Uma mulher (ou homem, porque não?) maduros, está mais perto dos 50 dos que dos 40, e nunca, mas nunca dos 30.

Afinal classificam os 30 anos como «jovem»...



Cereja

10 comentários:

sem-nick disse...

:D :D
Eheheheheh!!!!
Claro!
Quantas vezes pensamos que somos muito mais novos do que os nossos pais na nossa idade?????!
O meu pai, nem por isso, manteve-se muito bem, mas a minha mãe aos 50 era «uma senhora de idade» :)

André disse...

De facto, uma vez que hoje a idade da reforma é aos 65 ou 66 anos, aos 30 anos muita gente ainda nem 10 anos de Profissão tem, e o que é facto é que nós aos 30 anos estamos mais próximos da infância e da adolescência do que dos 60 anos...

E depois, sobre ser-se adulto, aos 24 anos, por exemplo, já se é adulto na medida em que já temos um curso superior, trabalhamos, temos uma vida já com algumas responsabilidades... Eu tenho 29 anos e estou com a mesma vida Profissional que estava aos 24, mas amadureci interiormente bastante de lá para cá, obtive mais experiência da vida

Mas isso, daqui a 10 anos, aos 39 anos, vou certamente estar mais evoluído como ser humano, e assim sucessivamente...

A velhice vai-se construindo, é verdade, mas não me parece que uma pessoa aos 30 anos tenha uma resistência física significativamente menor do que tinha com 26... Parece uma comparação absurda porque aos 26 anos somos jovens e temos um futuro brilhante pela frente e estamos nos "vintes", com 30 já somos o suprassumo da maturidade e já vivemos muito??!!! Oi? Dos 26 aos 30 é uma margem muito curta que não dá para demarcar essa diferença toda!!!

E se formos ver bem as coisas, com 25 ou com 26 anos nós já somos muito maduros se o ponto de vista for adolescentes de 15 anos!

Acho que, basicamente, mais ou menos entre os 25 e os 45 anos estamos numa certa plataforma em que nem somos muito jovens, mas também não somos muito maduros!!!

E para concluir, se uma balzaquiana tinha 30 anos no tempo de Balzac, certamente aos 22 anos já era mais que mulher adulta, dona de casa e mãe... Há 100 anos atrás, os 22 anos de uma mulher eram quase equivalentes aos 30 e tal de agora...

E acrescento que na maioria dos casos, como a 4ª Classe ditava o fim da escolaridade obrigatória, as pessoas já eram "pequenos senhores" e/ou "pequenas senhoras" aos 11 ou aos 12 anos!!!

cereja disse...

Olá Anfré!
Tenho andado «por aí» :) sem abrir o blog e só hoje encontrei o teu grande comentário.
Quando escrevi o post estava naturalmente a colocar-me no outro extremo, o das pessoas mais velhas mas que comparadas com os seus avós quando eles tinham a mesma idade, afinal não estão assim tão velhas!
Mas é verdade que tudo tem "escorregado" para mais tarde. E o facto de se entrar no mundo do trabalho (quando se consegue entrar!) muito mais tarde muito mais tarde também faz com que o amadurecimento das novas gerações seja mais tardio.
E sobretudo as pessoas são diferentes, portanto é sempre um erro a generalização, não é?

cereja disse...

Olá Anfré!
Tenho andado «por aí» :) sem abrir o blog e só hoje encontrei o teu grande comentário.
Quando escrevi o post estava naturalmente a colocar-me no outro extremo, o das pessoas mais velhas mas que comparadas com os seus avós quando eles tinham a mesma idade, afinal não estão assim tão velhas!
Mas é verdade que tudo tem "escorregado" para mais tarde. E o facto de se entrar no mundo do trabalho (quando se consegue entrar!) muito mais tarde muito mais tarde também faz com que o amadurecimento das novas gerações seja mais tardio.
E sobretudo as pessoas são diferentes, portanto é sempre um erro a generalização, não é?

André disse...

Sim, as pessoas são diferentes, as generalizações são um erro, mas há casos isolados, muitos adolescentes de 14 ou 16 anos parecem que já nasceram velhos, ou de espírito, ou que ao mínimo esforço físico já se andam a arrastar pelo chão...

No outro extremo, há muitas pessoas que têm 80 e tal/90 anos e apesar de estarem visivelmente "envelhecidíssimas", há muitas que ainda não estão propriamente a cair da tripeça, até têm uma locomoção e sentidos de orientação bem fluídos face à idade e ao aspeto bastante envelhecido inerente!

André disse...

Dai não admira que muitas pessoas aos quase 70 ou mesmo 70/setenta e poucos estejam "relativamente quase jovens"!

André disse...

Sim, as pessoas são diferentes, as generalizações são um erro, mas há casos isolados, muitos adolescentes de 14 ou 16 anos parecem que já nasceram velhos, ou de espírito, ou que ao mínimo esforço físico já se andam a arrastar pelo chão...

No outro extremo, há muitas pessoas que têm 80 e tal/90 anos e apesar de estarem visivelmente "envelhecidíssimas", há muitas que ainda não estão propriamente a cair da tripeça, até têm uma locomoção e sentidos de orientação bem fluídos face à idade e ao aspeto bastante envelhecido inerente!

André disse...

Dai não admira que muitas pessoas aos quase 70 ou mesmo 70/setenta e poucos estejam "relativamente quase jovens"!

cereja disse...

Só uma referência, uma notícia de ontem
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/exaluno-ataca-professora-com-machado-na-universidade-de-coimbra-1665389
onde se refere um jovem de 33 anos :D

cereja disse...

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:))))