terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A adolescência engordou alargou muito!

O que ela cresceu!!! Para cima e para baixo...

Quando eu era adolescente, considerava-se que esta era uma idade (a-do-armário, em parte) que se situava aí entre os 13 e os 17 ou 18 anos. Os anos ‘teens’ dos teenagers, para quem tinha nascido a falar inglês. Antes disso era-se criança, e depois disso adulto. Um jovem adulto, mas adulto. É certo que nessa altura a maioridade legal só chegava aos 21 anos, mas a partir dos 18 os pais podiam dar a «emancipação» a um filho… E, de facto, por volta dos 20 anos todos nós queríamos ser independentes, sair de casa dos pais, ganhar a nossa vida sem ter de prestar contas à família.
A pouco e pouco, a adolescência foi-se alargando, escorregando o seu limite para mais tarde. Os estudos acabavam mais tarde, os pais eram muito mais permissivos, os costumes permitiam namoros mais atrevidos, e só se saía de casa para casar. Ou seja a família protegia até mais tarde e os jovens não precisavam de assumir encargos até aos vinte e tal anos. E, muitos mantinham uma atitude tipicamente adolescente.
E também o tempo da infância, encolheu! Crianças, ou pelo menos pessoinhas-com-idade-para-serem-crianças, mostram uns conhecimentos e atitudes, que corresponderiam à anterior adolescência. Impressionante.
Tudo isto são factos conhecidos, mas que de vez em quando me atingem com mais força.
Recentemente, reli um livro que «fez história» aí há uns 20 anos – «O Diário de Adrian Mole». Eu julgava que me lembrava bem da história, mas dei por mim a confirmar que o Adrian tinha mesmo já 13 anos. Treze anos??! Toda aquela história, hoje em dia encaixaria num miúdo de 8 anos, no máximo. Aquela ingenuidade, a ignorância quase total dos ‘factos-da-vida’ era completamente impossível num jovem de 13/14 anos da actualidade, que tivesse amigos, que visse TV, que usasse a net.
Com franqueza, eu mesma dei por mim a achar que a história do Adrian era inverosímil se fosse passada aos 13 anos e meio como diz o título…
Meu Deus. 
Fiz as contas. A ‘adolescência’ de hoje dura cerca de 15 anos!!!!!





Pé-de-Cereja

6 comentários:

Joaninha disse...

E cá estás tu!
Em beleza, com os tais «posts de opinião» como referias ontem. Identifiquei-me bastante. Também fico admirada com aquilo que um puto pequenino sabe hoje em dia. Não sei se é bom se é mau.

Joaninha disse...

Espera. Não me expliquei bem no comentário acima.
Claro que saber coisas é bom. E é de louvar por exemplo que saibam mexer num pc como no meu tempo numa caneta. Mas já tenho dúvidas que certos conhecimentos 'sociais' lhes façam bem. Tornam-se cínicos muito cedo. Há uma certa magia que era bom haver e que desaparece demasiado cedo hoje em dia.

Anónimo disse...

É que os teenagers já não são teenagers!

Anónimo disse...

(é o que dá os anglicismos, né?)

cereja disse...

Eheheheh!!! Os comentários hoje vêm aos pares, o que aumenta grandemente o seu número LOL!!! Assim se aumenta a estatística!
Olhem, meus caros, este tema tem tanto que se lhe diga que acho que vou ainda escrever outro post para 'continuar' esta reflexão. É que tenho pensado bastante sobre por exemplo, a literatura infantil, ou pelo menos aquela que os jovens lêem. E dá mesmo que pensar!

sem-nick disse...

O Adrian Mole está bastante datado e é bem giro para se ver o que era a sociedade inglesa com a Thatcher ...
É engraçado que estavam mal e agora... não estão melhor!