terça-feira, 19 de junho de 2018

Profissões

De vez em quando sou-chamada-à-realidade se me distraio com a idade que tenho 😏 Como acompanho a actualidade e as mudanças sociais, "esqueço-me" que nasci no século passado e até lá para o meio... Ou seja há coisas que, embora não me surpreendam inteiramente, ainda paro para pensar e descodificar na língua da minha infância.
Desta vez são as profissões actuais, e até outras que já existiam mas foram crismadas para parecerem mais elegantes.
É claro que algumas nasceram há apenas umas dezenas de anos mas tornaram-se mais importantes (falo a sério) do que outras milenárias. Para já a profissão de informático! O mundo não funcionava sem essa classe, sabemos bem, dos transportes à medicina tudo gira porque há informáticos.
E, claro está, há outras que desapareceram e há muitos anos. Já não há a profissão de lavadeira, e os ardinas ou cauteleiros há muito que também só existem nas nossas recordações. Dactilógrafa não há, leiteiro, telefonista, e quem se lembra das apanhadeiras de malhas das meias 😕 ???
Mas, para compensar, há imensas profissões que à primeira vista não se percebe (eu não percebo, é que é) o que esses profissionais fazem. Voltando a referir de novo o concurso Brainstorm, o animador do concurso pergunta que profissão o concorrente tem, creio que para o situar melhor e calcular que tipo de conhecimentos lhe são mais familiares. Fico muitas vezes surpreendida, e felizmente que ele insiste «e faz o quê?» porque não adivinhava. Ainda a semana passada, um concorrente como profissão disse que era conferente (?)  e à pergunta «confere o quê?» entendi que era o que vinha nos navios que chegavam aos cais. E há subdivisões, no meu tempo havia bancários, mas lá no concurso apanhei com operador financeiro, com gestor de contas, e isso do dinheiro tem muitas facetas técnico oficial de contas, e há inspector tributário, etc, etc.. que as finanças é um polvo cheio de tentáculos. E há mediadores imobiliários,  que nascem que nem cogumelos, e uma das coisas que nunca me habituarei, é que se pode ser youtuber como profissão!!! É publicar coisas no youtube e viver disso. Oooooh! E até ficam ricos, já percebi.
Há também, já há muito tempo, a promoção social pela alteração do nome da profissão. Recordo quando as telefonistas passaram a ser operadoras de comunicação ou qualquer coisa assim, e a minha gaffe quando me referi a um sapateiro, que afinal era reparador de calçado, e por aí fóra!!! Todos conhecemos imensos exemplos.
O triste é que a honra do título não corresponde em nada um vencimento também honroso. Nem nada. Pelo contrário o que se vê é o descaramento de se oferecer 600€ a um licenciado, até com licenciatura "à antiga".

Cereja

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