quarta-feira, 27 de junho de 2018

Montras e produtos com preços à vista

Outra rabujice 😏
Há pessoas com feitios diferentes, já o sabe Monsieur de La Palice e a nossa Lili Caneças especialista em dizer o óbvio. E, no referente a compras, os feitios divergem muito, mesmo muito. Desde aquele que gosta de entrar numa loja, observar tudo, perguntar, pedir informações, conversar com empregados (se os há, que a moda do self-service tem alastrado imenso) até experimentar roupa, abrir embalagens para observar melhor, etc, etc, e muitas vezes não chegar a comprar nada, até ao outro extremo, quem só entra na loja se sabe exactamente o que vai comprar, quanto custa, que existe ali, e compra logo. Tem 'vergonha' se não o faz, e no limite até compra se está embaraçado...
Não falo por mim, que considero estar no meio, entro muitas vezes para me informar, avaliar a relação qualidade/preço, comparar, mas explico logo que estou só a avaliar e não exagero até porque não gosto especialmente de fazer compras.
Ora há lojas, muitas até, que se esmeram por nas montras não ter os preços à vista. Devem achar que estraga a elegância do produto exposto, algo tão mesquinho como o preço que custa. Portanto é uma adivinha, obriga a entrar e perguntar, acredito que seja de propósito, o cliente ao entrar fica um pouco na obrigação de comprar alguma coisa.
Há muitos, muitos anos soube através da Deco que os produtos apresentados nas montras eram obrigados a mostrar o seu custo de um modo legível. Excepção as joalherias, imagino que para não dar ideias aos gatunos 😊
E essa lei (?) funcionou uns tempos, mas poucos. Ou seja, como é costume na nossa terra, existe mas não é cumprida.São estas as regras sobre a afixação de preços:  «A indicação dos preços deve ser feita de modo inequívoco, fácil e perfeitamente legível, através da utilização de letreiros, etiquetas ou listas, com vista a garantir que o Consumidor está a ser devidamente informado e opta, de modo livre e consciente, pela aquisição do produto ou serviço» e até «Os bens expostos em montras ou vitrinas, visíveis pelo público do exterior do estabelecimento ou no seu interior, devem conter uma indicação complementar, quando as respectivas etiquetas não sejam perfeitamente visíveis»
Está bem, abelha...
E já que estou com a mão na massa, ou no teclado, o caso dos  preços voluntariamente enganadores até em grandes superfícies, quando num expositor se pode ler em letras garrafais: TUDO A 5 € mas entre o A e o preço, em letras minúsculas, está escrito  «a partir de...  » Espertos, hein? Desde que lá esteja uma única camisola a 5 entre todas as outras a 10 ou 20, não mentiram, e só na caixa se dá pelo engano.

Negócios. Não seria interessante a ASAE estar atenta a estas coisas?


 

Cereja


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