sexta-feira, 22 de junho de 2018

Placas toponímicas

Decidi inaugurar uma categoria nova, uma pasta para rabujices 😉 porque de vez em quando apetece-me rabujar com mil e uma coisas, que não terão assim muita importância mas nem só de coisas importantes é feito esta espécie de diário.
A primeira rabujice tem a ver com a sinalização das ruas de Lisboa.
Nasci em Lisboa, vivo em Lisboa. Até conheço relativamente bem esta cidade, talvez bem melhor do que pessoas mais novas do que eu, que deixaram de andar a pé - actividade que praticava imenso quando era nova, e ainda um pouco hoje, e é a melhor forma de conhecer uma terra.
Contudo desde há anos que me interrogo, e cada vez mais, como é possível um visitante orientar-se nas nossas ruas... E nem penso em bairros labirínticos como os Olivais! Ná! Sítios normalíssimos, ruas direitas e com cruzamentos claros, até centrais, mas cuja identificação é um mistério.
Começo com um pormenor, que parece insignificante. As placas toponímicas em Lisboa são (quase todas) de pedra e as palavras são escritas em baixo relevo que depois é preenchido com tinta preta. Fica bonito, lê-se bem, parece uma boa opção. Mas... com o sol, com a chuva, com o passar dos  anos, a tinta vai-se. E nessas condições ler o que está escrito apenas em baixo relevo a 3 metros de altura, não é para qualquer um! Que belas são as placas de esmalte com letras brancas sobre azul escuro, de Paris.  Ou, o que raramente se vê em Lisboa mas também é legal, placas de azulejos, bonito e visível.
Mas a crítica sobre a legibilidade é para quando (a placa) existe. Porque imensas vezes, mesmo imensas, não foram colocadas onde deviam estar: em todas as esquinas das ruas. E é isso que não acontece. Tenho-me visto aflita muitas vezes, em zonas que conheço menos bem, perdida durante vários quarteirões até adivinhar onde raio é que estou 😡 Ainda a semana passada, indo de carro e já com pressa, não vi a placa do início da rua e depois disso passei 3 compridos quarteirões sem que nenhum tivesse placa. Uma rua importante! No Campo Pequeno, por exemplo, a placa da esquina que o liga à Av. da República está lá, sim, no primeiro andar num local completamente invisível para quem está no passeio. Etc, etc, a lista se a quisesse escrever nunca mais acabava!!!
Resmunguices.
E parece secundário, não é? Mas não acho. Afinal é uma prova de respeito por quem utiliza as nossas ruas. Teremos de andar todos de GPS??! Vamos perguntar onde estamos a quem passar na rua? É desleixo, e falta de respeito na minha opinião.


Cereja

2 comentários:

Johnny disse...

Concordo 100%. Os nomes das ruas deviam estar bem legíveis.

cereja disse...

....e onde se pudessem ler! O exemplo do Campo Pequeno diz tudo. Só se consegue ver no passeio do outro lado (e desde que se tenha na ideia de olhar para cima!)