quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sou antipática ... A doença infantil da net



Há uma fase por que todos muita gente passa [refiro-me a gente lá não muito nova, claro!] quando começa a entender o que é esta coisa de emails, links, youtube, facebook, etc e tal: o belo e inocente desejo de partilhar tão formidável descoberta! Basta um clic do rato para o fazer!
Falando por mim, recordo um período onde também quando recebia em fw fosse o que fosse de imediato o reenviava para a minha ainda pequena lista de mailling, toda contente.
Acho que caí em mim certa vez em que o meu filhote, seguidor do modelo, recebeu de volta um mail de alguém, irritado, a dizer que parasse com aquilo porque os ficheiros que enviava eram enormes e bloqueavam-lhe o correio - a caixa dessa pessoa era das pequenas claro.... Ups! Enfiei também a carapuça e passei a ver quantas imagens tinha cada mensagem, e até se eram assim tão interessantes como isso. E, a verdade é que 80% passaram a ir logo para o lixo. Actualmente reenvio uma ou outra que me pareça particularmente interessante e nunca o faço para toda a gente, é para aquele ou aquela que eu pense poder gostar dessa mensagem em concreto.
Mesmo assim ainda tenho duas amigas que continuam a enviar-me toneladas de fw, muitas vezes velhos e ressequidos, que já conheço há 10 anos, tão pesados que muitas vezes ao ver que têm cento e tal imagens os apago sem ver mais nada! Não me atrevo a dizer que não os mandem (a não ser que passem por aqui e enfiem a carapuça...) por alguma cortesia mas o certo é que muitas vezes nem os abro. E, claro, são pessoas muito verdes nestas áreas.
Agora, desde há uns tempos tenho observado que algo semelhante se passa no «google +». Aderi a esse esquema que me põe em contacto com muita gente, e não tenho grandes queixas. Mas...
Também encontro por lá pessoas que adicionei «porque sim», convidaram-me e aceitei, e agora tenho de vez em quando uma chuva de mensagens mais ou menos absurdas. Ontem reparei que alguém me  deixou lá no google + 33 (trinta e três!) entradas com temas tão interessantes como "Propriedades da Carqueja", ou "Biopesticidas na sua horta" ou "Eglise des Thessaloniciens" de que parece ser devota. Bem, como também não sabia bem como é que eu a tinha deixado entrar, (era uma senhora) decidi bloqueá-la. Se ela me levar a mal não me ralo nada que nem sei quem é....
O engraçado é que me parece que o modelo é o mesmo. Ingenuidade e alguma ignorância de como funciona esta coisa das relações virtuais.
A doença infantil, sim.
Cura-se com o tempo.




Pé-de-Cereja

3 comentários:

saltapocinhas disse...

não enfio a carapuça, porque sou bastante seletiva (apesar de ter acabado de te enviar um mail... glup), se calhar ainda havia de ser mais.
tb não abro as mensagens todas (tenho quase 2ooo em lista de espera!), mas não me atrevo a dizer a ninguém para não enviarem mais.
o que tenho feito ultimamente é não aderir a nadinha das coisas que aparecem todos os dias, incluindo esse de que falas.

cereja disse...

Ná, ná, as amigas de que falo - disse exactamente que até dominam mal estas coisas da net - acho que nem sabem vir aqui ao blog, apesar de saberem que tenho um. Dizem-me que é muita arreia para a camioneta delas... :) Tu és daquelas que pertence ao meu grupo, mandas um de vez em quando e seleccionado. Tal e qual como eu faço! Não são 33 de coisas sem o menor interesse. (A carqueja, valha-me Deus!!!!!)

Joaninha disse...

Olha, não tinha reparado neste post!
.......
É isso mesmo, quando não se tem experiência achamos imensa graça ao reenvio de tudo e mais um par de botas. Também passei por isso, e claro que estou muito mais selectiva!