sábado, 7 de junho de 2014

Inteligência emocional

Tenho uma amiga que tem uma neta que desde que começou a falar sempre me maravilhou pelo modo como analisa o mundo, e si mesma e aos outros. O que ela vulgarmente diz vai muito mais além das conhecidas «saídas» infantis. Sempre o pensei. E, curiosamente, é uma menina que tendo muito carinho e imensa atenção dos seus pais, nunca ouvi citar as suas frases como muitas vezes oiço de outras crianças que dizem coisas também engraçadas mas longe daquelas que tenho ouvido ditas pela Catarina.
Ela entretanto foi crescendo, no infantário tem muitos amigos, e como sempre acontece, uma maior amiga.
Essa maior amiga, tanto quanto sei, tem muito pior feitio do que a protagonista desta história e há vários incidente(zinhos) na relação das duas, relação essa salva pela tolerância da Catarina que já explicou uma vez que prefere perder a discussão do que perder a amiga....
Já no infantário e agora na primeira classe elas têm tido vários namorados. Mas há um processo repetitivo na história destas meninas e seus namorados, é que a Catarina vai-os sempre perdendo em benefício da amiga. Namorou o Nuno e a amiga tirou-lho. Depois namorou o Vasco e a amiga tirou-lho. Depois foi o João com o mesmo final. Depois o Afonso, igualmente.
A semana passada ela confidenciou:
«- Avó, eu já percebi. A Raquel não gosta deles, porque depois não fica com eles. O que ela gosta é de mos tirar
E isto sem nenhuma raiva, uma análise de situação.
Para quem fez agora 6 anos, promete!
Eu fico embevecida com esta menina e hoje tive mesmo de contar aqui!


 Cereja



3 comentários:

Anónimo disse...

Que maravilha de menina!!!

méri disse...

Maravilha mesmo!

cereja disse...

É que é mesmo! Essa frase de que "prefere perder a discussão do que a amiga", é verdadeira. Com um encolher de ombros, e um sorriso.
Conheço imensas histórias dela. Era muito pequenina (2 anos, talvez) e ia com a avó ver uns dinossauros. Antes de entrarem arrependeu-se. «Não vamos, avó. Tenho medo de ter medo...» Reparem: medo-de-ter-medo!!! Já de volta ao carro encontram uns amigos e a avó conta o que se passou. Já no caminho diz baixinho «Avó, não devias ter contado. Eram coisas nossas...» e isto com dois malmos de tamanho!