domingo, 11 de março de 2018

O que (infelizmente) se lê mais

Chamamos-lhe tablóide, encolhe-se os ombros e aceita-se com a sensação de que a corrente é demasiado forte para se lutar contra ela. E quase se ignora o que essa resignação afinal significa e que consequências tem.
Porque é um dos casos onde «ignorar» é pactuar, embora eu confesse que não faço nenhuma ideia de como se pode lutar contra esta situação. Contra o envenenamento diário que uma enorme percentagem dos portugueses vai sofrendo através de uma informação seleccionada.
Infelizmente todos podemos confirmar que o Correio da Manhã é o jornal diário mais vendido, nem é preciso eles gabarem-se, basta ficar uns minutos em frente de um quiosque de jornais para ver em cada dez vendidos haverá talvez 1 Público, 2 Diários de Notícias, e 1 Jornal de Notícias ou «I», e os 6 restantes são Correio da Manhã. Mas isto é o jornal impresso, falta o que se lê na net, e é nesse que se baseia este apanhado: (o jornal em papel não é 'partilhado' nem conhecemos 'os comentários' 😏)


É a isto que me quero referir. 
Claro que estas histórias são verdadeiras (espero que não as tenham inventado...) mas têm lá um realce especial e portanto são as mais lidas, enquanto as 80% de notícias também verdadeiras mas sem sangue nem escândalo, não merecem destaque, e nem são lidas.
Resultado de imagem para a voz do dono
E há outro tipo de jornalismo que também de revolta, quando por exemplo o Observador ou o «I», publica um artigo de opinião disfarçado de notícia, como se vê com frequência. Parecem factos, qualquer pessoa mais distraída aceita que aquilo é verdade, porque a história que contam é de tal modo trabalhada que se acredita, mas relida com atenção percebe-se que é apenas a opinião do jornalista.
Ou a «voz do dono» da empresa dona do jornal.


Cereja

2 comentários:

FJ disse...

Está muito bem visto.
E é curioso que muitos desses tabloides estejam em mãos estrangeiras. Mas o correio julgo que não,embora não possa ter a certeza, é da reacção e do dinheiro de cá...
Mas assunto a investigar
FJ

cereja disse...

FJ, diz-se que 'o dinheiro não tem pátria', não é? Aliás taboides há há por todo o lado e se calhar pior do que cá. Afinal as famosas «fake news" foram inventadas lá fóra pelo que sei...
E possivelmente este fenómeno de «o povo» preferir notícias chocantes à informação também é geral, mas creio que entre nós se exagera!!!