domingo, 7 de julho de 2013

Sharia e radicalismo

Vivemos em 2013.
Passaram uns dois mil e tal anos desde o nascimento de Cristo. Uns mil e seiscentos desde o nascimento de Mahomé. E cerca de dois mil e quinhentos do nascimento de Buda.
A força das religiões com o andar dos séculos parece esbater-se um pouco. As religiões orientais se alguma vez quiseram conquistar o mundo hoje parecem-nos bastante pacíficas, o cristianismo ainda tem bastante força mas os países tendem a separa-lo do Estado afastando-se do modelo antigo, mas surpreendentemente (ou talvez não) é a mais recente, a muçulmana, que tomou o freio nos dentes e quer dominar os espíritos pela força.
Todos os dias se sabem coisas lamentáveis. É chocante ver a arrogância com que exigem o mais absoluto respeito pelas suas crenças e usos mesmo quando isso colide com a liberdade e usos dos habitantes dos países onde decidiram viver. Isso seria sempre errado, mas poderia ter alguma justificação se usassem o mesmo critério nas suas terras e aceitassem a prática normal das outras religiões facilitando-as, mas é o contrário que se passa.
A sensação com que se fica é que nos países muçulmanos se continua na idade média. Alguma fúria fundamentalista parece que está a promover as cruzadas ao contrário
A educação (ocidental?) é um pecado. Um pecado?! E os "pecadores" devem morrer. Mata-se professores e estudantes porque pecaram em querer aprender diferente. Mutilam-se mulheres com o horror da excisão, apedrejam-se os adúlteros, chicoteia-se de um modo bárbaro quem teve relações sexuais fóra do casamento mesmo as vítimas de violação, enforcam-se homossexuais! As punições corporais (amputação de membros, chicotadas) quando de uma forma geral por todo o mundo até se caminha para a abolição da pena de morte, são chocantes. Assim como é horrorosamente revoltante também, que a esmagadora maioria destes castigos sejam por questões privadas - infidelidade, homossexualidade... - na visão de quem não for muçulmano.
Agora o que me motivou a escrever, foi confirmar que é também, e se calhar sobretudo, o ensino que é atacado. Assim como a menina  abatida com um tiro na cabeça por defender o direito a estudar 
há uns tempos no Paquistão. Desta vez foi um professor e os seus alunos. O perigo vem do conhecimento. Nem é preciso dizer mais nada.

Cereja


3 comentários:

Anónimo disse...

Concordo inteiramente! Esta guerra à Educação é extremamente grave.
Bem, e o resto também, é claro!

Mary disse...

Deixei ontem um comentário que desapareceu, mas... aparece no facebook quando se vê a partilha deste post. Não foste tu que apagaste, com certeza, pois não?.. :(

cereja disse...

Claro que não apaguei nada Maryzinha!!! Nunca o fiz na vida, e decerto não o ia fazer a um comentário que até apoiava o que eu dizia... Foi um mistério! E, tal como dizes, ele até aparece no facebook, o que espalha a confusão!