sexta-feira, 2 de setembro de 2016

As lâmpadas descontinuadas

Li agora a notícia que já tinha ouvido ontem sobre umas lâmpadas que vão ser descontinuadas.
Depois do arrepio que sinto sempre ao ouvir este inútil neologismo (descontinuar?! mas que parvoíce) fico a meditar sobre a notícia. 
Durante a maior parte da minha vida (uma muitíssimo grande parte, aí uns 8 décimos...) vivi com lâmpadas incandescentes. Sabia como eram, a força da luz que davam - 50 velas, 75 velas, 100 velas. Desde criança que sabia que as que tinham menos 'velas' davam uma luz mais fraquinha e gastavam menos electricidade, e também aprendi em criança só se tinha a luz ligada quando era preciso, ao sair de um quarto devia apagá-la.
Mais tarde começaram a aparecer as lâmpadas fluorescentes. Usavam-se em cozinhas ou casas de banho e davam uma luz muito mais branca e fria. Nunca gostei. Parece que gastavam muito menos energia, acredito, mas aquela luz muito fria era-me desagradável, e nunca as usei em casa.
(Cabe agora aqui uma explicação. Gosto imenso de luz, sempre que possível natural. Aceito e respeito quem goste de ambientes de penumbra, que os sintam mais «cozy», mais íntimos e aconchegantes, mas não para mim! Gosto de luz a entrar por grandes janelas, de dia, ou uma casa iluminada por luzes fortes, de noite. Posso usar um candeeiro com uma luz fraquinha, para-dar-ambiente, mas isso entra como decoração, na minha casa usavam-se lâmpadas de 75 velas ou até de 100 velas.)
E há uns anos o mercado foi conquistado completamente pelas lâmpadas de halogéneo. Ná! Detestei. Era, e foi, uma confusão, quer quanto à cor quer quanto à potência. Por um lado a luz era branquíssima, parecia que estávamos na lua, e embora existissem umas com luz mais quente, o comprador comum não as distinguia, por outro quem estava habituado a falar em «velas» não se percebia como era a equivalência... Horrível Ah, e ainda uma coisa irritante, o tempo infindável que levavam a acender completamente. Se entrássemos numa sala só por uns minutos, entrávamos e saíamos e a luz não tinha acabado de acender...
Mas a guerra das lâmpadas parece não ter fim. A UE quer agora «descontinuar» as lâmpadas de halogéneo porque gastam muita energia, os ambientalistas aplaudem e eu também porque não gosto daquilo.
E agora?...Temos as (ou os, não sei o género daquilo...) «LEDs». Parece que é melhor. Gastam menos potência e duram bastante apesar de serem caríssimas. Pelo que tenho visto o seu tipo de luz é ainda fria para o meu gosto. Mas como a «descontinuação» é até acabarem os stocs ainda vai faltar muito até o halogéneo ir à vida e pode ser que entretanto descubram uma simpática e menos cara. Hmmmm.... Wisful thinking!



Cereja

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