quarta-feira, 18 de março de 2015

Tudo errado!


Já tinha lido um pouco em diagonal, mas hoje dei-me ao cuidado de ler com mais atenção o artigo que nos diz : a diplomacia sueca debaixo de fogo.

Logo da primeira vez, da tal vez que li «em diagonal» chocou-me que a Ministra Sueca que tinha sido convidada a discursar na Cimeira da Liga Árabe, não o pudesse ter feito. Então convidam a senhora e depois não a deixam falar?! Mas algo me dizia que era tudo um tanto estranho porque imaginava que uma cimeira da Liga Árabe não integrasse alegremente uma mulher. Isso já era um tanto revolucionário, mas quando a convidaram sabiam o seu sexo... E parecia ser um gesto simpático para com a Suécia por ter sido o primeiro país a reconhecer a Palestina como um Estado.
Depois percebi que numa entrevista à BBC a Ministra tinha feito uma defesa cerrada dos Direitos Humanos, criticando os castigos físicos (brutais) e classificando como medievais alguns julgamentos nos países que aplicam a charia. Não aceitaram essa censura, recearam que o voltasse a dizer e tiraram o pio à oradora.
A Suécia zangou-se e retaliou: "não renovou o acordo de cooperação militar com a Arábia Saudita".
Agora o complicado, é que isto envolve muito dinheiro, imenso dinheiro, os negócios de armas têm que se lhe diga. As implicações são enorme e acontece (ó espanto!) que "três dezenas de grandes empresas suecas (como a Volvo, Saab, Ericsson, H&M, Elecreolux) assinam uma carta aberta em que colocam dúvidas face à decisão do governo" [dúvida minha: o que é que têm a ver com as armas....?]


Portanto um discurso de uma Ministra que fazia uma defesa apaixonada dos direitos humanos, sobretudo os das mulheres, foi a causa de um boicote de venda de armas, e várias empresas em pé de guerra.


Direitos Humanos?

Calminha, calminha...




Cereja





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