sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Atitudes

Já aqui tenho dito que por feitio e por educação, sou poupada e não gosto de deitar fóra o que ainda tenha préstimo. OK, não sou exactamente uma acumuladora compulsiva, longe disso, de vez em quando faço umas belas arrumações e a casa fica cheia de espaço!!! Mas deitar para o lixo um objecto em bom estado faz-me impressão.
Isso sempre se passou com roupas. Quando era criança 'herdava' vestidos de filhas de amigos dos meus pais que 'passavam a outros' os que deixavam de me servir. Era natural. Com uma «sociedade de (falsa) abundância» isso passou à história, e raramente há uns anos se trocavam roupas. Actualmente, com a brutalidade da situação económica, surgem que nem cogumelos uns recipientes para receber roupa usada que será reencaminhada para quem necessite.
Ora é necessário ter uma certa educação para entender o uso disto. Pelos vistos, nem é só cá que há quem use aquilo como uma espécie de caixote do lixo da sua roupa. Ofensivo e estúpido.

Esta história chegou aos jornais 
Ora neste caso como tem um vídeo engraçado talvez tenha alguma repercussão, mas não acredito muito. Pode 'abanar' quem já sentisse um pouco desconfortável mas não atinge quem deveria atingir, imagino eu. O desfile até tem graça, e eles riem-se. Mas enviar para campos de refugiados a precisar de roupa confortável, vestidos de toillete com lantejoulas, folhos, em organdi ou cetim é de doidos. Ou sapatos de salto alto, muito chics. Ou tops sofisticados. Ou, no caso oposto, roupas velhíssimas, rotas, a cair aos bocados... Este é um caso onde como lá dizem se deve «doar as roupas a pensa na necessidade do receptor» mas imagino que para muita gente nem se imagine bem o que sejam as necessidades de quem está naquela situação.
No caso das doações aqui em Portugal tenho ouvido que algumas coisas (desadequadas) podem ser vendidas em lojas de segunda mão e nesse caso o dinheiro poderá ajudar quem precisa. Será verdade?




 Cereja


Sem comentários: