segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Voltando «à vaca fria», dívidas e juros

Já são vários os posts que aqui tenho deixado sobre este tema, os escandalosos juros com que é emprestado dinheiro. Aliás, em ponto pequeno, visão micro, isto começou nos Bancos e empresas de crédito, o que devia ter servido para abrir os olhos para o funcionamento «da coisa» e depois saltou para a visão macro, os Bancos Europeus e as dívidas soberanas (?)
Li ontem no face de uma amiga, dito por palavras dela o que já tenho repetido aqui vezes e vezes:
«Ainda não perceberam que pagar uma dívida é uma coisa e pagar n vezes a mesma dívida, é agiotagem?»
Porque, sinceramente, acho que a «lavagem ao cérebro» que os 'comentadores' nada inocentes vão submetendo o nosso povo (todos os dias pela rádio e tv!) tem grandes resultados. Farto-me de ouvir, não só em conversas de bichas de autocarro ou supermercados, mas até em fóruns como o "Antena Aberta" ou o "Opinião Pública" muita gente que engole o isco, o anzol, e a linha e a cana!!! Pessoas que pela sua linguagem se imagina serem de classe média baixa, e opinam: "mas então como é? quando se faz uma dívida, temos de a pagar!" e agora com o desenrolar do caso grego, a coisa sobe de tom "se eles não pagam, vamos nós pagar a dívida deles?! parece impossível!"
As mesmas pessoas que olham de olhos esbugalhados para a carta que lhes chega do Banco, demonstrando que depois de 2 anos a pagar milhares de euros, ainda não possuem nadinha da sua casa, nem a campainha da porta... O que levaram anos a pagar foi apenas os juros! Estes deviam até perceber melhor que estes países que foram enredados numa teia de oferta de dinheiro a juros para pagar juros que cada vez são maiores, têm de por um ponto final a esta extorsão
Tal como os produtos que comprámos a crédito, uma coisa é pagar esse produto em parcelas razoáveis e com um juro que seja proporcionado à quantia que se deve (aliás à medida que se vai pagando, deve-se menos e portanto o juro devia ser menor, o que não se passa com a técnica dos 'juros à cabeça')  Outra coisa é o que se passa quando 'o produto' que se pretende é o próprio dinheiro e isto parece uma conversa de surdos.

O texto da minha amiga era este que copiei, falando na linguagem de alguém como eu e... 
Jesus Cristo,
 que não sabia nada de Finanças,
 nem consta que tivesse biblioteca. 




Cereja

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