Gosto de crianças, gosto que elas cresçam com harmonia, gosto que se tornem adultos equilibrados vivendo bem na sociedade. E para isso têm de ser educadas, ou seja conhecerem bem as normas sociais e praticá-las com naturalidade. É que não custa nada!
Desta vez o que me chamou a atenção foi um daqueles «pensamentos» que aparecem por todo o lado nas redes sociais. Na grande maioria dos casos, sorrio ou encolho os ombros, e quando é particularmente bem apanhado "partilho-o" segundo a terminologia facebookiana, e não penso mais dois segundos no caso.
Achei que este merecia uma nota mais completa, por fazer uma correcta distinção entre «instruir» e «educar».
É claro que a escola também pode educar, afinal toda a sociedade educa quem nela vive. Mas os maiores responsáveis pela educação de uma criança ou jovem, são os seus pais, a sua família. E, mais frequentemente do é de esperar, vemos pais que se demitem completa e totalmente dessa função, considerando que isso é com a escola. Sobretudo na creche. Recordo uma cena vista por mim há anos de uma mãe, furiosa, quase gritando com a educadora, com a queixa de que a sua filha «ainda não tinha aprendido a comer de faca e garfo! o que é que a educadora andava a fazer?!» E várias outras normas sociais, que alguns pais têm dificuldade em impor, lavam as mãos esperando que a escola a trate do assunto.
Para além do Bom Dia, Obrigado, Se-faz-favor, Até logo, Com licença, há regras de educação que muitas vezes não são interiorizadas na infância, e então quando se chega à adolescência parece que não há mais ninguém no mundo.
Afinal custa muito esperar que todos acabem para se levantar da mesa? Por-se em pé para cumprimentar alguém que chega? Segurar uma porta para outra pessoa passar? Não interromper quem fala? Para não falar já em dar um lugar sentado a alguém mais fraco que vai em pé, coisa que já nunca se vê.
Dá que pensar como é que este vídeo do Keanu Reeves a dar o lugar a uma senhora se tornou viral...
Tempos curiosos estes.
Cereja
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