sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Comprar dívidas…?!

Como é que se compra ou se vende uma dívida?
Ultimamente tenho ouvido muito falar em «compra de dívidas». Claro que isso tem de fazer sentido, mas… Num microcosmos como é o meu e a minha família e as nossas finanças, sei bem que quando se fazem dívidas, não as ‘vendemos’, pagamo-las! 
É verdade que quem dá aconselhamento às pessoas muito endividadas, costuma dizer que vale mais juntar tudo o que se deve, pedir uma quantia que cubra essas verbas todas e depois fica-se só a dever a uma só pessoa – normalmente um Banco. Mas não nos soa bem dizer «Olhem, vendi as minhas dívidas todas ao Banco, ufff, fiquei muito mais à vontade, já estão vendidas!»
Se faz sorrir é porque a noção de ‘venda’, seja do que for, implica um retorno. Se vendo um objecto, recebo ou dinheiro ou troco por algo de valor correspondente. Mas … uma dívida? O que recebo se a vender?
Contudo, quando o nível económico é outro, quando já são dívidas de países, tudo parece normal. Apesar de me continuar a fazer confusão.
Mas então?... A China que era ainda há poucas dezenas de anos o patinho feio, já chegou a cisne? E então Timor ainda mais me espanta, uma terra que foi tão ajudada por Portugal, que parece continuar tão pobre, já «compra dívidas»?
É o mal de não entender nada de economia e sério, e só perceber esta mais caseira, e essa continua a chamar-me a atenção para que se estou a ganhar menos e os produtos estão mais caros, o meu nível de vida anda a piorar a grande velocidade.
Só que eu tenho tentado começar por não fazer dívidas. 
É que se depois ninguém mas quer comprar?



Pé de Cereja

3 comentários:

sem-nick disse...

Lá comprar dívidas não me meto nisso, mas vender....
Há por aí alguém que queira comprar? Eu faço barato!

Anónimo disse...

Economia a sério? É apenas lançar plavras e conceitos inquinados, lançar preocupações para quem não pertence ao meio de modo a justificar medidas que apenas ajudam os ditos interesses dos economistas.
Creio que foi a Tatcher que tinha como objectivo que existissem mais accionistas que sindicalistas. Não sei se o conseguiu, mas que as prioridades estão todas invertidas, disso não restam dúvidas.
Sea falência do BPP, ao que dizem, seria péssima para o sistema bancário português porque temos que ser todos a suportar isso ao invés dos outros bancos que continuam a apresentar lucros pornográficos? and so on...

(Pedro Tarquinio)

cereja disse...

Olá amigos!
Especialmente um olá ao Pedro que me seguiu de blog em blog e tem sempre algo sensato a dizer.
Sem-nick, ná, ná, não estou interessada em comprar as tuas dívidas, as minhas já me bastam! :)
Pedro Tarquínio, é tal e qual - as prioridades parecem invertidas. E o exemplo da falência BPP ser suportada por todos enquanto os «colegas» mantêm os seus lucros é de pensar como as coisas são interessantes