domingo, 25 de maio de 2014

Os cinco minutos de fama

Terão as suas razões.
Possivelmente estou a ver mal a coisa.
Mas faz-me bastante impressão ver, sempre que há eleições, os boicotes às mesas de voto espalhados por esse Portugal fóra, chamando a atenção para o que se passa em aldeias de que muita gente desconhece a existência. 
Um acto eleitoral é muito, muito importante.
É o momento onde o cidadão pode dizer alguma coisa pelo seu acto e influenciar a sua vida e dos seus concidadãos. Para além disso é muito caro! Para haver eleições tivemos que gastar muito dinheiro e não apenas no papel dos boletins de voto.
É mau - e já se disse de diversas maneiras e em diversos tons - prescindir-se do direito a votar ou seja abster-se de o fazer. Ou votar nulo ou branco que vai dar ao mesmo no final...
Mas impedir que os outros votem, seja por que razão for, é um crime. É retirar a liberdade de decidir a outrem. Não aceito.
Contudo, sempre, mas sempre (!)  que há eleições, vemos que em diversas localidades grupos de cidadãos descontentes, por motivos até possivelmente justos para o seu descontentamento, decidem fechar as assembleias de voto a cadeado. Imagino que seja o seu desejo de serem falados, de aparecer nos telejornais, da sua aldeia ser conhecida. Só pode!
Desta vez soube de um caso de bradar aos céus, que até conheço relativamente bem: numa localidade há um muro que ameaça ruir e obstruir uma estrada. Coisa chata. Essa estrada, que liga a uma povoação mais importante, está portanto bloqueada há meses, desde Janeiro, creio eu. A semana passada foi anunciada a reparação do muro para breve, finalmente. Aleluia? Não. Os habitantes dessa aldeia decidiram fechar hoje a assembleia de voto da terra a cadeado!
São falados na comunicação social, sem dúvida. Mas desculpem, pelos maus motivos, meus amigos.
Assim não!

Cereja

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