quarta-feira, 21 de maio de 2014

Não se trata de «impressões subjectivas», são números!

Desemprego.
Um monstro que apavora toda a gente quase toda a gente. Que naturalmente vai afectar até mesmo a qualidade do trabalho efectuado porque psicologicamente, salvo raríssimos casos, trabalhar com a espada sobre a cabeça do facto de saber que o seu trabalho pode evaporar-se de um minuto para o outro não pode ajudar a um bom desempenho.
Quando comparamos a nossa qualidade de vida com a de um passado próximo, as medidas são variáveis conforme a perspectiva política e sobretudo a experiência pessoal de quem está a falar, mas a questão do desemprego ou falta de emprego não é ignorada por ninguém. Até as famílias que (ainda) não estão sob essa ameaça conhecem quem o esteja...
E este é um campo onde todas as comparações são más! Quer nos comparemos com os países estrangeiros, quer nos comparemos connosco próprios.
Veja-se:
São dados da Eurostat. Não são inventados pelo partido a ou partido b de acordo com os seus desejos de propaganda.
Factos: Em 2002 estávamos atrás da Suécia, Dinamarca, Holanda, Chipre e Reino Unido, actualmente só estamos à frente da Grécia e Espanha.
Passámos a trabalhar mal?
Nestes cerca de 10 anos deixámos de querer trabalhar? 
Ficámos todos preguiçosos?
Como é isto possível e sobretudo como é que aconteceu, não só para apurar responsabilidades, o que é importante, mas sobretudo para entender como se pode inverter esta marcha para o abismo.
Porque olhando para estes números não se pode aceitar o argumento de que "está mau para todos". É certo que está pior para todos mas exactamente olhando para as posições relativas é que salta aos olhos que não se piorou uniformente para todos - nós caímos da 6ª posição para a antepenúltima.
Foi mau para todos, mas foi bem pior para alguns.
E isto não é um lamento, é uma revolta. A conclusão é que em Portugal trabalha-se bem e muito mas temos sido muito mal geridos. Estes «maus gestores» é que mereciam ir para o desemprego!







Cereja

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