segunda-feira, 13 de maio de 2013

A asneira é livre

É uma frase velhinha esta. A asneira é livre.
E até é, essa não paga imposto. Mas não devia ser... Se há coisa que que não devia ser livre era a asneira!
Ora bem, eu vez em quando faço um disparate, e sou burra porque já sei  o resultado e juro depois que não volto a cair noutra, mas... Ou seja, quando há uma notícia especial ou que me interessa um pouco mais, sinto curiosidade por ver o que os outros pensam daquilo e espreito os comentários que lá deixaram os leitores anteriores. Quero eu dizer, espreito os primeiros, uns 3 ou 4, porque me ponho rapidamente logo em fuga.
Já sei, já sei, já sei!!! Quem me manda a mim? Só tenho é que ficar quieta e ler apenas o que vem no corpo da notícia, quando muito passá-la ao facebook e dizer lá da minha justiça. Mas tenho recaídas.
Sempre funestas.
Tenho a convicção de que aceito sem grande dificuldade opiniões diferentes das minhas. Vivo em sociedade, não é? Claro que discuto, e com energia, para defender o meu ponto de vista mas tenho de aceitar que haja quem pense rigorosamente o oposto acreditando todos nós estarmos cheios de razão.
Mas os comentários dos jornais, senhor!!!!! Para além dos  fabulosos erros de português, quer na sintaxe quer na ortografia (o que é mesmo desleixo porque hoje todos os computadores têm corrector ortográfico) a linguagem usada de uma grosseria extrema, muitas vezes com palavrões grosseiros a acompanhar, e as ideias expressas, é tudo de deixar de boca aberta.
Na maior parte dos casos, contrapõem ao relato do jornalista a sua opinião baseada no "porque-sim". Não se dão ao trabalho de explicar porque dizem aquilo, embora por vezes se perceba que emprenharam de ouvido e é um dos muitos boatos que correm até  sem o menor fundamento. 
E choca-me. É bom que haja liberdade de expressão, e parece interessante que com as novas técnicas não seja preciso "a carta ao director" para qualquer um ver publicado o seu pensamento.  Mas não assim!
Assim sente-se é vergonha. Este é o povo a que pertenço?!
Pronto, enquanto me lembrar não volto a abrir aquelas nojentas caixas de comentários. Enquanto me lembrar, que como comecei por dizer ciclicamente recaio nesse disparate. BURRA! 








Pé-de-cereja

4 comentários:

sem nick disse...

Mas que ideia a tua!
"Aquilo" nunca é para ler a não ser por quem os escreve!!! Se fôssemos avaliar o nosso comportamento, cultura, informação, conhecimentos, através daquele esgoto ninguém queria ser português. E acho que noutras terras é o mesmo, por aquilo que tenho visto. :(

cereja disse...

Tens toda a razão, sem-nick. É bem feito para não ir lá meter o nariz, eles que se comentem uns aos outros... :)

cereja disse...

Ainda voltei aqui só para deixar um comentário que encontrei agora (está visto que não tenho emenda!!!)
No artigo da Visão, falava-se de uma experiência que se fez na América, perguntando se eram capazes de comer por 2 euros (ou dolars, acho) por dia. Um comentador diz isto:
"...a realidade é que não consigo (porque não tenho) gastar mais...
Mas se fizermos as contas, sem grandes excessos, podemos fazer não uma mas várias refeições por esse valor.
Um pacote de massa ou arroz, um pouco de carne picada ou peixe ou até uma boa panela de sopa de legumes, de certeza que fica abaixo dos 2 euros e rende mais que uma refeição.
O problema é que ainda há muito boa gente que não quer ter trabalho na cozinha e prefere pré-cozinhado ou ir à tasca da esquina comer uma sopinha...

Ler mais: http://visao.sapo.pt/video-era-capaz-gastar-menos-de-dois-euros-por-dia-em-comida=f728425#ixzz2TjyWpSH2

cereja disse...

OK, o título não é exactamente o que eu disse, é sim "Era capaz gastar menos de dois euros por dia em comida?"
Beeem... Acho que não resisto e vou mesmo escrever mais um post sobre os comentadores!!!!

Ler mais: http://visao.sapo.pt/video-era-capaz-gastar-menos-de-dois-euros-por-dia-em-comida=f728425#ixzz2Tk9naf8f