Ando farta, farta, farta que mandem em mim!
As crianças «do meu tempo» eram mais obedientes. Quero eu dizer, havia de tudo é claro, meninos mais ou menos desobedientes, mas quem mandava eram os adultos - pais, professores, as tais figuras de autoridade - e nós sabíamos isso. Quando se crescia ainda se tinha de obedecer às normas sociais e às leis mas na vida privada fazia-se como se queria.
Actualmente as crianças, de uma forma geral, já questionam (e muito!) as ordens que recebem. A maioria delas é negociada e raramente se ouve a frase vulgar na nossa infância «é assim porque eu mando!». Nas famílias até parece que todos os filhos de qualquer idade vivem como os adolescentes do meu tempo, em contestação permanente.
Mas, por outro lado, a sociedade de hoje controla muito, mas muito mais, as nossas decisões quanto à forma como vivemos, nós adultos.
Ele é a publicidade constante e invasora, ele são 'estudos' científicos com que nos bombardeiam, ele são os conselhos médicos em cada consulta e nem sempre coincidentes entre as diversas especialidades, ele são as milhentas revistas de especialidade(s) que compramos... Todos, e a maior parte das vezes de um modo contraditório entre si, nos mandam:
Dorme mais!
Não comas isto!
Não durmas tanto!
Tens de comer aquilo!
Faz ginástica!
Toma banho assim!
Bebe água!
Faz a sesta!
Anda a pé!
..................................
Pronto, CHEGA!
Na parte alimentar isso então atinge quase o delírio. Não sei se por interesses económicos não há mês, ou se calhar nem há semana, onde não descubram que determinado alimento faz muito bem ou faz muito mal! E lá se soltam os cães à caça desse maléfico alimento que será banido da nossa dieta alimentar.
OK.
Se fosse obediente hoje seria assim o meu almoço:
Cereja
3 comentários:
Faz lembrar a canção Fais pas ci, fais pas ça
Aqui:
http://letras.mus.br/jacques-dutronc/1481008/
(O teu almoço é uma maravilha!!)
Eu tenho uma técnica para lidar com estas notícias: não ligo nenhuma.
A única regra que existe cá em casa é a do bom senso.
E ainda acho que tudo o que nos sabe bem, nos faz bem.
Tive a experiência esta semana, em que tenho estado doente (sintomas de gravidez, mas não estou grávida...): eu que ADORO café, que não considero a refeição terminada sem tomar um café, estive vários dias sem o tomar, porque não me apetecia mesmo.
O nosso organismo deve ser mais inteligente que todas as organizações do mundo!!
Olá, Saltapocinhas!
(estive agora no Fábulas, onde tocaste a mesma tecla)
Não posso estar mais de acordo contigo!
A minha experiência diz que o nosso organismo «pede» o que nos faz falta e rejeita o que faz mal. E tudo, tudo, tudo, quando é demais faz mal!!!
Também me acontece, como tu, mesmo coisas de que gosto muito enjoar quando o organismo está desequilibrado...E, devo gabar-me, para a minha idade tenho umas análises excelentes, de jovem! :D
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