segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Avesso e direito, prós e contras, a bela e o senão...

Há coisas que têm podem ter duas leituras, quase contraditórias. Vendo primeiro por um lado a nossa opinião até é uma, mas... por um ângulo diferente se calhar a opinião já é a oposta. Ai, ai, ai, a coerência... :(
Desde há uns anos que, paulatinamente, se nota que a gestão de muitas empresas vai implementando o uso do self-service, ou seja os seus clientes servem-se a si mesmos sem o notar. 
Se bem se lembram antigamente os eléctricos e autocarros tinham dois empregados em cada veículo. O condutor, guarda-freio dizia-se, e o "pica-bilhetes" que circulava no carro vendendo os bilhetes. Hoje basta uma pessoa, porque o cliente mostra o bilhete a uma máquina que o regista, e é porque ainda não se lembraram que o último cliente a entrar conduzisse o carro até à paragem seguinte que aí poupavam logo mais um salário.
Antes do advento dos multi-bancos, quem precisava de levantar ou depositar dinheiro, pagar contas, depositar cheques, tinha de ir a uma agência, a um balcão do seu Banco. Hoje essas funções fazem-se 24 horas por dia nos milhares de máquinas espalhadas por esse país.
Quando eu era nova, para comprar qualquer produto que precisasse teria de ser atendida numa loja por um caixeiro que o iria buscar ao interior, pesava, media, embrulhava e recebia o pagamento. Hoje escolhemos directamente o que desejamos, que está marcado com o preço e embalado, e o único contacto é com quem está na caixa para receber o pagamento.
A primeira parte destas observações é o "direito", ou o "pró", ou a "bela", o politicamente correcto no verdadeiro sentido da palavra,  e a segunda parte será o "avesso", o "contra", o "senão". Porque, temos de o reconhecer, para o utente apressado o que se faz hoje é muito mais prático e rápido! Note-se que eu até gosto de 'fazer-conversa' e no meu bairro muitas vezes vou ao lugar da esquina em vez do Pingo Doce, por esse belo aspecto humano!
Mas...
As chamadas "compras do mês", as que faço só uma vez por mês de mercearias, drogaria, leites, vinhos, congelados, faço num hiper que depois me envia tudo a casa. Neste hiper onde vou (se calhar nos outros também...) , são os clientes que pesam os produtos depois de os meter nos sacos. Cada produto avulso tem um número, na balança carregamos nas teclas com essa indicação e sai uma etiqueta com código de barras. O que quer dizer que a única intervenção sem ser minha é na caixa onde a operadora passa os produtos e dá a factura.
Hoje experimentei um processo, que ando há uns tempos para fazer,  onde até isso é ultrapassado! Os clientes podem usar um leitor de código de barras portátil. Na passagem da prateleira, ou da balança, para o carrinho de compras o código era lido e registado. Quando as compras estavam feitas e o carro cheiínho, foi só chegar ao pé de uma menina com o tal aparelho e o meu cartão, dar a minha morada, e vir-me embora!!!
Menos de uma hora e só preciso de repetir a operação para o mês que vem!
Eu sei, eu sei, pode ser politicamente incorrecto mas é muito prático! Estou aqui repimpada a ler um livro e todas as compras feitas.
Aaaaaah.....


Cereja

3 comentários:

Anónimo disse...

Não digas alto essa do passageiro/condutor que ainda te ouvem!!!
:)))

Joaninha disse...

Também podes encomendar pela net, e nem sais de casa! :)

cereja disse...

É verdade Joaninha, e já o fiz algumas vezes. Mas, confesso que gosto mais de VER aquilo que estou a comprar. E escolher pêra a pêra, maçã a maçã. Se encomendar 1 quilo de beringelas podem vir 3 enormes quando eu queria 5 médias, por exemplo... Mas serve muito bem para o resto (leite, vinho, detergentes, conservas) isso tens razão.