sábado, 20 de outubro de 2018

Brasil

Temos com o Brasil uma relação especial. É certo que a temos também com os países de língua portuguesa, Moçambique, Angola, Cabo Verde, até Timor, mas não é o mesmo. O Brasil é o filho mais velho, há uma outra relação, até porque sendo muito grande e muito rico não sai aos pais, e é costume olhar para lá com admiração, ou preocupação quando as coisas corriam mal. E actualmente andam a correr muito mal! Creio que pior é impossível. Já atravessou épocas sinistras, com regimes ditatoriais muito violentos, mas esses governos eram impostos pelos militares, não eram eleitos pelo voto popular.
Desta vez acontece o inacreditável. A grande maioria dos brasileiros prepara-se para eleger um presidente com um ideário fascista e que não o esconde, pelo contrário faz disso bandeira. E é impressionante o papel importantíssimo que a partir de Trump a manipulação dos recursos informáticos tem no controlo de eleições. Não acreditávamos que Trump ganhasse, e depois não acreditávamos que mantivesse as 'promessas'. Enganámo-nos. Agora, queremos acreditar que os brasileiros não vão eleger alguém como Bolsonaro. Mas vão. A mais recente notícia é que a sua candidatura aceitou ou promoveu utilizar as redes sociais para espalhar mentiras graves. Isso seria caso para impugnar as eleições, como é natural, mas nem sei se o desejo, porque o seguimento era uma guerra civil, de imediato. Não digo que não esteja próxima, mas talvez não para já...
Custa entender como é possível 'hipnotizar' milhões de pessoas. Milhões! Que pura e simplesmente não ouvem - porque não querem ouvir - nenhuma crítica ao seu candidato. Recusam, pura e simplesmente, ouvir. Papagueiam os disparates com que acusam o adversário * [ver exemplos no rodapé], mas tapam os ouvidos quando se faz referência às enormidades que o B. tem dito. Neste último escândalo, onde creio estar provado o tal envolvimento de empresas na campanha de mentiras, responde divertido, que não pode impedir que um empresário «seja simpático com ele». Está resolvido.  As pessoas não querem saber de factos, só convicções 
Ou seja, os seus apoiantes realmente escolhem não saber!!! E vemos isso pelos imigrantes que vivem em Lisboa (que votaram 80% na criatura) e quando tentamos falar com eles não querem ouvir o que dizemos. Todos temos essa experiência inacreditável.
Note-se os comentários no Diário de Notícias, um jornal português: desde o educado «estou chocado como os veículos de comunicação portugueses escolhem notícias que desfavorecem o candidato Bolsonaro» passando a «lamentavelmente PorTugal tem PT no nome, [....] essa coisa que se autodenomina um diário, virou papel de limpar bundas. Bolsonaro já e sempre» «não liguem, este jornal é tendencioso, não reflete a opinião generalizada do povo português» «Estados Unidos, Itália,Turquia, Áustria, Polónia, Brasil, Colômbia....tantos votantes a trair os ideais dos 'verdadeiros esclarecidos deste mundo' » e escolho os que não têm palavrões. A verdade é que perante uma notícia a reacção é esta - é mentira.
A sensação estranha de estarmos a fazer o pino, de estar tudo do avesso. A verdade é a mentira (com o nome chic de 'fake news' ) e os factos não existem.
Assustador.

Cereja
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