Pronto! Se a nossa autoestima não está alta então nunca estará!
Apesar de detestar os estereótipos sobretudo quando classificam povos, aceito que «os portugueses» são excessivamente auto-críticos ☺
Aceita-se e até se aumenta as críticas que nos fazem. Irritante. E cansativo também porque até parece que em Portugal raramente se faz uma coisa que nos orgulhe. Ora bem, se no espaço de um ano termos ganho 2 troféus que indicam que nestas modalidades somos 'os melhores da Europa' - falo, é claro, no Campeonato de futebol e no Eurofestival - não ficamos com uma boa autoestima é porque nada a faz subir.
Houve quem resmungasse. Quem achasse que não tinha importância.Olhem, faço minhas as palavras da minha amiga Isabel. Mais nada.
Por mim gostei imenso do resultado do concurso da Eurovisão. Imenso. Gostei da canção, sobretudo da música embora a letra não envergonhe ninguém. Gostei da interpretação. Gostei da apresentação. E pasmei que aquilo que será visto como uma canção «não festivaleira» tivesse dado aquela reviravolta aos votos habituais. Porque foi mesmo uma dupla vitória, foi apreciada pelo juri oficial que nos deu o primeiro lugar e, o que mais pasma, pelo juri' popular, que votou por telefone e sem poder votar no seu próprio país. Uma unanimidade que só nos pode alegrar.
Eu, nada entendida em música, aprendi várias coisas da área. Não fazia a menor ideia o que era o «pop tradicional» ou «pop clássico», Quando ouvi essa referência em relação àquela música não percebi nada - pop? pensei eu, mas que pop? . Senti sons de jazz, e lembrou-me as valsinhas brasileiras sim. Afinal fiquei com os meus conhecimentos aumentados ☺
E gostei também muito, pelo menos até agora, do comportamento do cantor e irmã autora. O Rui Tavares escreveu ontem no Público, que o gesto agarotado de Salvador de colocar o troféu na cabeça no final, tinha uma leitura simbólica «Como é que eu meto na cabeça que ganhei o prémio sem deixar que o prémio me suba à cabeça?» Ora até agora tem conseguido.
Mais um motivo para os parabéns!
Cereja
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