....também é cansativo!
Acho que sou 'fundamentalistamente' anti-fundamentalista.
Acho que sou 'fundamentalistamente' anti-fundamentalista.
Que me lembre não há nenhuma causa pela qual eu levante armas permanentemente, deve fazer parte do meu feitio pouco impulsivo, personalidade mais secundária, que me faz ver a vida a 36 (aí entre o 8 e o 80...) sou um pãozinho sem sal, talvez.
As causas religiosas nunca me interessaram, por educação e por feitio. Venho de uma família onde, dos dois lados, há mais de 100 anos se 'praticava' o ateísmo e por mim própria nunca senti o menor interesse pelo tema religião a não ser numa perspectiva histórica. Digamos que não me interessa o suficiente para lhe dedicar muito tempo embora ache alguma graça aos grupos ateístas e aceite fazer parte deles - por exemplo fui dar o nome a um censo dos não crentes mas como uma piada. É evidente que aquilo não reflete nada. Eu (e milhões de outros como eu) quero lá saber quantos somos...!
Mas, a propósito do Natal, regularmente aparecem pessoas a insistir num facto conhecidíssimo, que o solestício é a 22 de Dezembro e portanto as festas de Natal são festas do solestício. Ou seja esta famosa festa, antes de o ser já o era. OK. Mas qual é o mal? Afinal parece que até o papa veio dizer que realmente não é nada certo que o Menino Jesus tivesse nascido nesta altura. Nem sequer há 2012 anos. Isso diz o papa, imagine-se... E não vejo qual o problema em contar às crianças - as mesmas que acreditam no Pai Natal - uma história não-científica, em que elas podem ou não acreditar. Como aqui se diz com graça “Não acredito que todas as pessoas que celebram o Natal crêem que, um dia, há dois mil anos, um ser imaterial que vive no céu (em que sítio exactamente?), desceu à terra em forma de pomba para fecundar uma mulher (virgem, mas que estava casada com outro, José), e que, nove meses depois nasceria um homem-deus que, 33 anos depois, subiria ao céu (e de novo, para que sítio do céu?)”
As causas religiosas nunca me interessaram, por educação e por feitio. Venho de uma família onde, dos dois lados, há mais de 100 anos se 'praticava' o ateísmo e por mim própria nunca senti o menor interesse pelo tema religião a não ser numa perspectiva histórica. Digamos que não me interessa o suficiente para lhe dedicar muito tempo embora ache alguma graça aos grupos ateístas e aceite fazer parte deles - por exemplo fui dar o nome a um censo dos não crentes mas como uma piada. É evidente que aquilo não reflete nada. Eu (e milhões de outros como eu) quero lá saber quantos somos...!
Mas, a propósito do Natal, regularmente aparecem pessoas a insistir num facto conhecidíssimo, que o solestício é a 22 de Dezembro e portanto as festas de Natal são festas do solestício. Ou seja esta famosa festa, antes de o ser já o era. OK. Mas qual é o mal? Afinal parece que até o papa veio dizer que realmente não é nada certo que o Menino Jesus tivesse nascido nesta altura. Nem sequer há 2012 anos. Isso diz o papa, imagine-se... E não vejo qual o problema em contar às crianças - as mesmas que acreditam no Pai Natal - uma história não-científica, em que elas podem ou não acreditar. Como aqui se diz com graça “Não acredito que todas as pessoas que celebram o Natal crêem que, um dia, há dois mil anos, um ser imaterial que vive no céu (em que sítio exactamente?), desceu à terra em forma de pomba para fecundar uma mulher (virgem, mas que estava casada com outro, José), e que, nove meses depois nasceria um homem-deus que, 33 anos depois, subiria ao céu (e de novo, para que sítio do céu?)”
Porque haveremos de combater a festa do Natal com tanta energia? É uma festa bonita, para além do consumismo. Oiço criticar a "obrigação-de-estar-juntos-numa-data-específica" e até concordo. Mas a verdade é que se não fosse essa desculpa, nem sequer uma vez no ano se encontava a família... E se se modificar a mania, nos últimos tempos, das prendas compradas para todos os conhecidos mais o cão e o gato, e se voltar à família muito próxima e se possível presentes feitos com as nossas mãos, o costume é bonito.
É isso que eu penso.
(Re) Nascimento da Natureza? Sim. Do menino Jesus como um símbolo? Porque não...? E, é claro que não há a obrigação de estar alegre. Como comecei por dizer, nada de fundamentalismos!!!
Mas eu gosto de uma noite de calor e luz, num dos dias mais escuros do ano.
(Re) Nascimento da Natureza? Sim. Do menino Jesus como um símbolo? Porque não...? E, é claro que não há a obrigação de estar alegre. Como comecei por dizer, nada de fundamentalismos!!!
Mas eu gosto de uma noite de calor e luz, num dos dias mais escuros do ano.
Pé-de-Cereja
5 comentários:
Eu não podia estar mais de acordo com este texto e ainda por cima com um acréscimo. Sou cristão e acredito que Jesus Cristo existiu mesmo. Porque não celebrar o seu nascimento? E para mim tanto me faz que seja a 25 de dezembro ou noutra data qualquer. Mas para quê mudar agora? O Papa que se preocupe com vaquinhas e burros e deixe a data em paz. E é tão bonito ser em dezembro com neve e tudo...
Olá, Victor, obrigada pela visita.
(tenho de me penitenciar que embora visite frequentemente o Constantino, nunca deixo lá nada escrito... e um blogger gosta sempre, é a prova de que se leu o que escrevemos; *vergonha*)
Como testemunhei lá em cima, a religião deixa-me indiferente. Claro que aceito que se pense e sinta de um modo diferente, e aí os cristãos vão bem à frente dos muçulmanos por exemplo.
Quanto ao Natal só me choca o consumismo, a Festa em si mesmo acho-a muito bonita. É bom que haja durante o ano uns dias de festa colectiva e este é o único que é mundial. Qual o mal?...
Sabes, eu oscilo um pouco.
Por um lado concordo contigo e o Victor. Não há motivo para combater a data.
Mas a verdade é que encontro demasiadas pessoas que fazem a festa por obrigação, porque a sociedade espera que assim seja, e isso é irritante. E a orgia consumista não se pode negar que existe.
Ia acrescentar uma coisa mas cliquei e o comentário entrou... :(
Faltou dizer que essa orgia consumista tem um aspecto afectivo muito negativo, é que quando não há mesmo a possibilidade de tantos gastos nesta altura as pessoas sentem-se muito infelizes como se isso fosse muito importante. As crianças se tiverem 2 brinquedos em vez de 10 sentem-se pobrezinhas. é que ainda se vive na sociedade do TER e isso não se modifica facilmente.
Olá Joaninha.
Tudo isso é verdade, mas não me incomoda muito. Porque o consumismo de não aparecesse de uma maneira aparecia de outra. Nota os "dias" de isto, daquilo e daqueloutro que inventam para se gastar dinheiro. E digam o que quiserem mas a festa de Natal é mais do que prendas e consumismo. Uma família pode (e se calhar deve) fazer uma festa de Natal sem qualquer prenda, mas por mais prendas que se dê sem a família estar junta não é Natal é uma festa qualquer.
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