E quem já anda cansada, farta, sou eu.
Há anos e anos e anos que oiço a mesma cantiga. Tanto repetida acaba por ganhar foros de verdade... Pensam que o mundo do trabalho divide-se em dois grupos apenas (não, não é o que começaram a pensar, os que ganham muitíssimo para a função que exercem e para as suas competências, e os que ganham abaixo do que seria justo para esse padrão de exigência, nada disso) os que trabalham para o sector público e os que trabalham no privado. E mais nada. O primeiros são uns lordes, só têm privilégios, os segundos umas vítimas que até pagam com o seu esforço o ordenado dos primeiros que se limitam a arrecadar um vencimento fixo no fim do mês.
Há anos e anos e anos que oiço a mesma cantiga. Tanto repetida acaba por ganhar foros de verdade... Pensam que o mundo do trabalho divide-se em dois grupos apenas (não, não é o que começaram a pensar, os que ganham muitíssimo para a função que exercem e para as suas competências, e os que ganham abaixo do que seria justo para esse padrão de exigência, nada disso) os que trabalham para o sector público e os que trabalham no privado. E mais nada. O primeiros são uns lordes, só têm privilégios, os segundos umas vítimas que até pagam com o seu esforço o ordenado dos primeiros que se limitam a arrecadar um vencimento fixo no fim do mês.
E esta imagem repete-se, repete-se, repete-se até à exaustão!
Li há pouco de novo, que Bruxelas critica a opinião do Tribunal Constitucional de que era inconstitucional o corte dos subsídios aos trabalhadores do Estado porque a Função Pública ganha mais 20% do que o sector privado e mais nada! Que injusto, hã?! Mais vinte por cento, não é brincadeira, é um abuso!!!
Li há pouco de novo, que Bruxelas critica a opinião do Tribunal Constitucional de que era inconstitucional o corte dos subsídios aos trabalhadores do Estado porque a Função Pública ganha mais 20% do que o sector privado e mais nada! Que injusto, hã?! Mais vinte por cento, não é brincadeira, é um abuso!!!
Na continuação lá se reconhece que afinal essa gente aproveitadora afinal tem mais formação do que a amostra com que é comparada. Aaaaah! Então, se calhar, nesse grande conjunto que é o sector privado, ou seja não-público, entra todo o sector primário - os trabalhadores rurais, pescadores, mineiros - e o sector secundário - todo o trabalho fabril - pessoas que devem ganhar dignamente sem a menor dúvida, mas que na sociedade onde vivemos têm menor formação académica e menores ordenados. Se pensarmos que nos trabalhadores do estado se encontra toda a classe médica e de enfermagem, todos os professores, a magistratura, até é de estranhar que a Função Pública na generalidade SÓ ganhe mais 20 % do que o sector privado.
Haja pachorra!
Haja pachorra!
Pé-de-Cereja
5 comentários:
a mim dá-me vómitos essa conversa!
Claro, bem visto fgj
Lucília, de um modo geral não ligo a esta conversa, desta vez voltou a irritar-me por ver os senhores de Bruxelas a dar palpites sobre algo que não conhecem e contra o parecer do tribunal constitucional!!!!
Pois, FJ, como me disseste depois sem se equacionar a questão até parece que mais 20% é imenso! Quando se vê de que universos se está a falar, até parece demasiado pouco...
a verdade é que esta 'ideia-feita' tem muito a ver com a imagem que vem de longe de "funcionário público = a manga-de-alpaca" burocrata picuinhas prepotente...
Logo depois do 25 de Abril, fui promotora do Sindicato da Função Pública no meu local de trabalho. Tive várias discussões, e lembro-me de uma com uma médica, de esquerda, e que dizia indignada que não se ia filiar num sindicato para burocratas porque ela trabalhava para pessoas! E naquela época achávamos, e ela também, que a medicina não devia ser privada, era para todos. Só que isso não encaixava na sua visão de "função pública"! :)
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