Diziam os romanos que para manter o nível de satisfação do povo devia haver pão e circo. Parece que quando o pão é abundante o circo não faz tanta falta, mas se falta o pão é melhor aumentar os espectáculos de circo. Isso salta aos olhos .
Em Portugal estamos a sufocar. Ontem ouvimos numa entrevista, o bispo Januário Torgal mostrar o seu escândalo perante a atitude do governo. Este escândalo é quase geral e, quando um balão está demasiado cheio antes que um alfinete o fure com muito barulho, é sensato deixar sair algum ar abrandando a pressão. Vai-se então à procura de acontecimentos interessantes, mas distantes do verdadeiro fulcro do problema. Descobriu-se agora o tema da licenciatura à pressão do ministro Miguel Relvas.
Não terá sido muito correcto? Pois não. Revela uma mentalidade oportunista? Revela. Mas tem a importância que lhe querem dar? Claro que não. Quando ontem ouvi o A.A. Jardim dizer uma graçola sobre o tema, achei que já chegava. Hoje li a Ana Sá Lopes no "i" e dei por mim a concordar quase inteiramente. Diz ela que «é mais perigosa para o país a licenciatura pela Universidade Católica de
Vítor Gaspar (e o doutoramento pela Nova aplaudido nos corredores de
Frankfurt) do que a pobre licenciatura em Ciência Política e Relações
Internacionais da Lusófona que, rigorosamente, não serve para nada nem
mal nenhum traz ao mundo.»
Pois é.
Esta conversa sobre o curso ou não-curso do ministro, se bem que significativo para definir o carácter do senhor, não interessa. Mas aquilo que se está a cozinhar para Portugal, isso interessa e muito!
Hoje falamos todos contentes no alargamento da rede do metro, que já é mais do que centímetro, mas ainda é pequenitote.
Hoje falamos todos contentes no alargamento da rede do metro, que já é mais do que centímetro, mas ainda é pequenitote.
Eu também estou satisfeita. Dá-me jeito, sim senhor. Os habitantes de Moscavide e Encarnação vão ficar melhor servidos e uma cidade que tem um aeroporto dentro dela, tirará vantagem desse inconveniente.
Muito bem, mas...
Talvez seja bom não esquecer que a qualidade do serviço do Metro tem piorado a olhos vistos, quase na proporção do aumento do custo dos bilhetes!!! Menos carruagens, bloqueios e paragens constantes, os elevadores de acessos a pessoas com mobilidade reduzida estão quase sempre avariados, o gps há que tempos não funciona, muitas estações só têm máquinas e ninguém para ajudar quem precise, etc, etc.
Talvez seja bom não esquecer que a qualidade do serviço do Metro tem piorado a olhos vistos, quase na proporção do aumento do custo dos bilhetes!!! Menos carruagens, bloqueios e paragens constantes, os elevadores de acessos a pessoas com mobilidade reduzida estão quase sempre avariados, o gps há que tempos não funciona, muitas estações só têm máquinas e ninguém para ajudar quem precise, etc, etc.
Temos muita facilidade em ir atrás do pano vermelho que oculta a farpa que está preparada!
Pé-de-Cereja
5 comentários:
PROPOR A FESTA DE DOUTORAMENTO DO DR.RELVAS NO TÚNEL QUE VAI DAR AO ROSSIO, CHAMAR AMIGOS E NÃO PAGAR BILHETE
Muito bem visto!
Como dizes, andamos a ser toureados e nem damos por isso!
Agora passo por aqui muito menos vezes, porque nos desabituaste ao post matutino (vinha cá assim que abria o pc...) e acabo por perder coisas interessantes.
Também já ando enjoada desta conversa e tinha pensado exactamente «quem lucra com estas manifestações?»
Porque como aqui chamas a atenção enquanto se pensa no acessório não se olha para o essencial. O Relvas mais a maçonaria, os variados oportunismos, está já catalogado e com a careca à mostra. Por mim não vamos gastar mais cera com ruim defunto...
Ah, e quanto ao outro "brinquedo" do momento, o metro que tem dado tantas páginas de comentários: idem, idem, aspas, aspas. Se é bom apesar de vir com tanto atraso, não dá para esquecer que ele anda cada vez pior!!!!!
Olá Joaninha e amigo anónimo!
Tens toda a razão minha amiga fidelíssima!!!! Quando deixo de escrever aqui, os amigos «habituam-se à minha ausência» e deixam de vir.. Buaá´...
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A ideia de que andamos a ser toureados não é recente mas cada vez é mais nítida.
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