sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Oh canervos!!!

Há o «atendimento personalizado» decerto que para o diferenciar do «atendimento despersonalizado». O modelo mais irritante do atendimento despersonalizado é aquele que recebemos quando queremos falar ao telefone com uma empresa e vamos dar a uma infindável escolha de hipóteses de acordo com os 9 algarismos do nosso telefone. Eu odeio o sistema e por acaso nem conheço ninguém que goste...
O pior é quando as hipóteses não abrangem o que desejamos.
Ontem aconteceu-me um azar por distracção minha. Fui ao IKEA fazer umas compras que fui depositar no carro estacionado no seu parque subterrâneo. Mas depois ainda lá voltei, porque queria confirmar umas indicações, comer qualquer coisa lá no snack e, já que estava lá, aproveitar para comprar outras coisas que tinham ficado debaixo de olho e podiam esgotar. Quando voltei de novo para o carro não encontro a chave!!!
Um drama pequeno drama! Esvazio completamente a carteira, e nada. Conclusão - fechei a porcaria do carro com a chave lá dentro! Volto a empurrar o carrinho para dentro da loja, deposito as compras num cacifo, e procuro um táxi que me leve a casa para trazer a segunda chave. Imagine-se a fúria com que estava, o tempo e dinheiro que perdi porque ainda moro bastante longe.
Infelizmente hoje, depois de vasculhar o carro de uma ponta à outra, não encontrei a chave. Conclusão, perdi-a lá. Foi o tempo entre ter aberto a porta a primeira vez e não a conseguir abrir uns tempos depois.
Bem, já disse ali atrás que moro longe, ou seja a solução mais fácil seria telefonar para saber se a chave foi encontrada. Mas aí começa a saga:
Quando se liga temos de escolher um algarismo - 1, 2, 3, 4, etc -  para saber para que loja queremos falar.
Escolhida a loja, vamos ouvir outra série de algarismos, para saberem se a questão é sobre uma compra, ou o crédito, ou o prazo de validade, ou... etc, etc, etc (nem fixei)
Como uma das hipóteses é «outra», escolho essa que me remete para mais uma outra série de algarismos.
Mas, claro está, a hipótese «outra resposta» ainda é vaga, portanto abre de novo o leque de mais 10 algarismos.
Depois de ter conseguido acertar no algarismo que (julgo eu) me permite falar com um assistente, recomeça a dança para saber se a questão é sobre um produto que não está em condições, se quero um reembolso, se preciso de ajuda técnica, se... mais X escolhas.
Eu, nesta altura já marco as teclas um tanto ao acaso, porque ao chegar à 7ª hipótese já nem me lembro do que era a 2ª e só me apetece atirar com o telefone.
.........
Entretanto paro para respirar, e fico a reflectir - a pergunta «apareceu aí ontem uma chave?» não entra em parte nenhuma. Isso não está previsto. O mais certo é que, quando finalmente ouvir uma voz humana, seja informada de que não fazem as mais pálida ideia dessa situação.
Pronto. Desisto. Amanhã vou lá pessoalmente a ver se encontro uma pessoa e não uma máquina.
GRRRR!!!



Pé-de-Cereja

7 comentários:

Joaninha disse...

:) :)
Eheheheheheh!!!
tal e qual!

sem-nick disse...

É uma carga de nervos, isso é!!!

sem-nick disse...

Oh! Encontrei-me com a Joaninha! Olá co-comentadora! :D

Joaninha disse...

E eu ainda estava aqui, sem-nick! esta coisa parece um chat! :) :) :)

cereja disse...

Eheheh! E cá ficaram eles à conversa... deve ser para «evitar conversas» que usam a que sistema de escolha múltipla ou lá o que é!

fj disse...

Eu até me dou bem com o sistema mas, claro, é preciso ter um alto grau de inteligência e uma mentalidade aberta às mais recentes descobertas da matemática. Exactamente o meu caso. Além de acentuada modéstia.
fj

Mary disse...

Já tinha saudades das gracinhas do fj! :) Ao tempo que não passava por aqui...

Esta é uma das histórias típicas da nossa Cereja. E afinal a chave apareceu lá, ou não?